segunda-feira, 12 de novembro de 2018


66... – Falta só mais um 6!...

Meu filho, 66...
Falta só mais um 6, para o número da “besta” do Apocalipse...
Mas, você está indo bem...
Ainda há de chegar lá...
A verdade é que, por muitos, você já é considerado um “tsunami”...
Perigoso maremoto...
Invasor de praias e cidades...
Conflita-se com os doutores da lei...
Põe-se contra os modernos escribas e fariseus...
Ousa opinar...
Dizer o que pensa...
Não pode...
Contrariar o status quo do Movimento?!
Um absurdo...
Desafiar os velhos “caciques”...
O que você está querendo, se não apanhar, e muito?!...
Masoquista...
Depois reclama...
Como Eça disse a Fernando, provoca discussão e não quer ser discutido?!...
Ora, não tem jeito...
Seja a reencarnação de um avestruz e... estará tudo certo...
Faça como muita gente, que esconde a cabeça e mostra o traseiro...
Não o estou incentivando ao nudismo...
Para tanto, procure a Cap d’agde Pueblo Naturista, ao sul da França...
Sim, na pátria do Codificador...
Mas, mudemos de assunto...
9 de novembro...
18 de Brumário do ano VIII...
Golpe de Estado...
Terá sido influência da data – novo regime na França, liderado pelo jovem general Napoleão Bonaparte?!...
Não sei, talvez, quem sabe...
O certo é que o tempo avança...
O Carlim das quadras de futebol-de-salão – um tremendo perna de pau! – é o Baccelli dos tablados de MMA...
Não sei como ainda não foi a nocaute...
É cada coice...
Ainda bem que, de mim, além de meus pensamentos, você, na condição de médium, tem assimilado a alegria – ou o deboche, sei lá...
Sabe, desde que me tornei espírita, plantei um bananal...
Tenho sempre bananas para distribuir...
Verdes e maduras...
Grandes e pequenas...
Sempre cantarolo aquela canção “O Vendedor de Bananas”...
Conhece?!...
Pesquisei – de Jorge Ben Jor...
Ele ainda está na carcaça...
“Eu vendo banana, mãe, mas eu sou honrado, mãe...”
No meu caso, eu não vendo – distribuo de graça... É tanto bananão no fundo do meu quintal!...
Continue firme, viu?!...
Você conhece aquele ditado que a gente deve fingir de morto?!... Continue fingindo...
Fingir de morto... Como é mesmo o ditado?!...
Ai, meu Deus, até aqui a minha “consciência exterior” me cerceia...
A Modesta me vigia de longe...
O Odilon me enquadra...
Já o Manoel Roberto me inspira...
Mas, em contrapartida, eu não lhe dou sossego...
Sim, a você...
Um jovem, aos 66...
Fumando feito uma chaminé, eu fui aos 84...
Você, que não fuma, tem obrigação de ir a mais – pelo menos, mais uns quatro lustros...
Em 20 anos, talvez, possamos rabiscar um tanto mais...
Incomodar mais gente...
Provocar...
Enfurecer...
Parabéns, viu!...
Não tenho aqui, para a gente comemorar, um daqueles sucos de caju que tomávamos juntos, em nossa casa, com os meus gatos passeando sobre a mesa...
Nem uma bela taça de vinho do Porto...
Ou uma Malzbier geladinha, igual à que sua mãe, Dona Odette, degustava aos domingos...
Dizia que era para aumentar o leite...
E o ”epicurismo”...
Mas, tenho um grande abraço para lhe dar – de toda a turma!...
Continue firme na trincheira...
Se não morreu até agora, é porque, de fato, é imortal!...
Não da Academia de Letras...
Mas, da Academia da Teimosia elevada ao quadrado, porque é a minha somada à sua!...
Abraços.
Desculpe a informalidade...
O seu presente?! A sua viagem de graça a Portugal, e o lançamento de um livro editado lá...
Polêmico, mas verdadeiro...
Eu gosto é de médium assim...
Bem haja!...
Se o seu avião despencar, estou lhe esperando...
Com uma vassoura novinha...
Tem muita sujeira a varrer por aqui também...
Eu não sei, mas tem espírita que, mesmo depois de morto, parece que vive com diarreia...
Deus meu!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 9 de novembro de 2018.