domingo, 22 de novembro de 2020

 

“E, Por Se Multiplicar a Iniquidade...”

 

“E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”. – Mateus, 24-12

 

O Senhor nos advertiu a respeito da iniquidade humana, que faria com que o amor, ou a fé, de QUASE TODOS, esfriasse.

Infelizmente, é o que vem acontecendo, mormente de algum tempo para cá – décadas, desde o começo do século XX.

Pela iniquidade de alguns, o amor de quase todos se encontra esfriando – descrença, desalento, comodismo, apatia...

A Humanidade vem sofrendo maior assédio das trevas em todos os seus segmentos, estabelecendo o caos e colocando em dúvida o valor da ética.

Realmente, o espírito encarnado está debaixo de forte tempestade moral, com enchentes de detritos ameaçando sufocar a sua confiança no futuro – em Deus e em sua Justiça.

Muitos estão se encolhendo nas demonstrações de fé – dentro de suas casas, no reduto da família, passaram a viver com foco apenas no pão de cada dia, com recrudescimento do egoísmo.

A confiança do homem no homem está em crise.

Nem mesmo a recente Pandemia, ainda vigente, está sendo capaz de tornar o homem mais introspectivo.

Ele, inclusive, vem saqueando os que quase agonizam nos hospitais, vítimas do vírus chinês.

Está tripudiando sobre a dor humana.

Revelando-se capaz do inconcebível para quem se confessa cristão.

No Espiritismo, cuja proposta é a de reviver o Cristianismo, a situação não é diferente.

Médiuns enlouquecem.

A disputa por cargos ensandece muitos espíritos que fracassam.

Manobras políticas tomam conta de grupos – poucos se eximem da lamentável situação.

A vaidade fascina encarnados e desencarnados.

Chegaram ao cúmulo de adulterar o que é intocável.

Necessário, pois, que não reste pedra sobre pedra.

A Internet está colocando a nu as intenções mais infelizes do personalismo humano.

Ninguém quer nada com a “vassoura”, e quer tudo com a tribuna – com o destaque pessoal que dela possa advir. Cavam com as próprias mãos o buraco em que haverão de se enterrar.

Não nos iludamos.

Sem necessitar do endosso de qualquer profecia, a curto e a médio prazo, a Humanidade enfrentará provas muito mais graves que a da atual Pandemia.

Moralmente, é só efetuar os cálculos.

Tempos difíceis, mais difíceis, estão se aproximando – céleres.

Feliz de quem aprofundar raízes espirituais no amor aos semelhantes.

Feliz de quem não se escandalizar com os escândalos à vista.

Feliz de quem souber separar o joio do trigo.

Não olvidemos as palavras que, a seguir, foram ditas pelas Senhor: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo”.

PERSEVERANÇA ATÉ O FIM – ou seja, o fim há de vir – a taça de fel haverá de transbordar.

Firmem-se em seus humildes postos de trabalho, em seus humildes Grupos Espíritas.

Não deixem que a mediunidade lhes suba à cabeça – mantenham-na sob a sola dos pés.

Estudem a Doutrina, com base em Jesus, Kardec e Chico.

Os médiuns e os dirigentes espíritas, em maioria, repetimos, estão loucos.

São vítimas de espíritos mistificadores, e mistificam eles mesmos.

Coisas absurdas na Internet.

Todo mundo parece querer ser missionário, quando não passa de espírito doente, em tratamento no corpo – muitos quase em situação comatosa, no respiradouro.

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 22 de Novembro de 2020.