domingo, 20 de novembro de 2022

Os ESPÍRITOS

e a Política

 

Existe um STF “doutrinário” que deseja fazer com que a voz dos supostamente mortos silencie em torno de certos assuntos que, segundo dizem, são mais pertinentes aos vivos da Terra.

Tamanha ignorância.

Já tentou-se, inclusive, e tenta-se até hoje, fazer um Espiritismo sem espíritos, reeditando o que fez a Igreja Católica quando desencadeou perseguição contra os médiuns, mandando-os para as fogueiras da Inquisição.

Aliás, tenta-se até o absurdo de alijar Jesus Cristo do Espiritismo, o que faria com que, segundo Chico Xavier, o Espiritismo virasse uma comédia...

No “Antigo Testamento”, vemos que, a cada passo, os profetas se pronunciavam à respeito da direção que o povo judeu deveria tomar – a Torá nasceu da união entre vivos e mortos, com Moisés se reunindo com setenta anciãos na Taba do Deserto.

Moisés era profeta e legislador.

Davi era rei e, ao mesmo tempo, profeta.

Antes dele, Saul procura uma pitonisa, em En-Dor, para tentar dialogar com o espírito de Samuel – Saul que já havia desterrado todos os adivinhos e encantadores.

Antes deles, Zoroastro, ou Zaratustra, o rei persa, acumulava, junto ao povo, a função de profeta e líder político, influenciando, posteriormente, as ditas religiões abraâmicas e, inclusive, o budismo.

Ora, como dissemos no texto anteriormente publicado, nós, os desencarnados, candidatos, em maioria, a novo corpo na Terra, desejamos, ao fazê-lo, encontrar um mundo que nos facilite o trabalho da evolução, e não o dificulte – não desejamos renascer, por exemplo, como renascem, os espíritos que, em determinados países, são “obrigados” a aceitarem determinadas doutrinas religiosas desde quando crianças, tendo a sua liberdade de pensar e de ser completamente cassada.

Lamentamos, neste sentido, o silêncio covarde que determinados órgãos denominados de unificadores vêm adotando no grave momento que o Brasil atravessa, sendo ameaçado pela implantação do Comunismo, que fará como uma de suas primeiras providências que as religiões se extingam. Os exemplos aí estão, com os cristãos sendo perseguidos na China, e em outros países, alguns fazendo fronteira com o Brasil.

Perdoem-me, mas, sinceramente, eu não tolero a hipocrisia de muitos que se dizem espíritas e sobem em cima do muro, tentando agradar a Deus e ao diabo.

Os considerados “espíritas de esquerda” são mais transparentes do que os espíritas que não possuem lado algum, porque esses sem lado são omissos e covardes, deixando que a coletividade brasileira lute sozinha contra um sistema cruel que pretende reduzi-los a números, e que, talvez, seja, de fato, o que merecem ser.

De minha parte, continuarei emitindo, sim, a minha opinião, porque não devo satisfações se não à minha consciência, e ela me diz que preciso lutar por um Mundo Melhor, para os que nela já encontram, e que, amanhã, serão os meus avós, meus pais e meus irmãos.

Eu não pretendo reencarnar sob o domínio do fanatismo, na condição de escravo de quem ocupa o poder, sem a liberdade de ir e vir, que não possibilitará até mesmo que o Espiritismo continue a sobreviver como doutrina.

Querem um conselho: vão rezar a Deus, transferindo para Ele o esforço que deve caber aos homens de boa vontade em solucionar, na Terra, os problemas que eles mesmos criam, sabendo, no entanto, que tais problemas não serão resolvidos com joelhos ao chão, e, sim, com mãos em ação.

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 20 de Novembro de 2022.