domingo, 22 de dezembro de 2019


JESUS

Natal!...
Jesus.
Luz.
Cruz.
Senhor.
Amor.
Sem cor.
Judeu?!
Muçulmano?!
Cristão?!
Trigo.
Pão.
Verbo.
Sem letra.
Caminho.
Único.
Sem traço.
Refugiado.
Ao mar.
Sem lar.
Do Ar.
Evangelho.
Poema.
Verdade.
Bondade.
Suprema.
Natal!...
Jesus.
No lenho.
Traído.
Hoje.
Iscariotes.
Novos.
Altares.
Púlpitos.
Tribunas.
Espíritas?!
Também.
Dois mil anos?!
Que tem?!...
Insanos.
Convém!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba, 21-12-19

Nota: A todos os nossos irmãos e irmãs formulamos votos de Feliz Natal, com Jesus sempre. Estaremos de volta com as postagens no Blog no dia 20 de janeiro de 2020. A nossa gratidão a todos internautas – que o Senhor os abençoe, com a saúde e com a paz).












domingo, 15 de dezembro de 2019


BRINCO

Brinco.
Sorrio.
Caçoo.
Melhor intenção.
Acontece.
Verdade incomoda.
Os ouvidos.
O espírito.
A ambição.
Fazer o quê?!
Calá-la?!
Não!...
Ela liberta.
Faz pensar.
Crescer.
Rever.
Também não gosto –
De ouvi-la.
Dizê-la.
Aborreço.
E me aborreço.
Peço desculpas.
Perdão.
Omissão?
Sem vocação.
Escrevo.
Não presta?!
Lata de lixo.
Fogueira.
Simples assim.
Erro?!...
Ah, sim!...
Quem não?!...
Perfeição?!
Loucura...
Brinco.
Amenizo.
Conciso.
Excedo?!
Talvez – uma vez,
Duas, ou três...
Sorrio.
Caçoo.
Leviano?!
Humano!...
Simplesmente.
Que bom!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 15 de dezembro de 2019.














domingo, 8 de dezembro de 2019


MEDIUNIDADE,
CALOS E GALOS

Mediunidade boa
Produz calos – e muitos –,
Nas mãos.
Calos da caridade.
Na cabeça também.
Calos do pensar.
Do refletir.
Calos benignos.
Frutíferos.
Porém, mediunidade,
Pode ainda
Ocasionar galos –
Uma coleção deles.
De toda espécie.
E gravidade.
Edematosos.
Malignos.
Purulentos.
Causados por quedas.
Atritos
Cabeçadas.
Personalismo.
Vaidade.
Obsessão.
Mediunidade
Não vem sozinha.
Surge e se acompanha –
De calos, ou galos...
Bendito, porém,
O médium calejado.
Surrado.
Humilhado.
Calado.
Cravos nas mãos.
Cravos nos pés.
Calos –
No corpo e na alma.
Calos da cruz.
Na traição.
Na ingratidão.
Na solidão.
No coração.
Calos de redenção.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 8 de dezembro de 2019.


















domingo, 1 de dezembro de 2019


O PROBLEMA DO “EU”

O problema do “eu”.
Um problemão.
Culto do ego.
Autoidolatria.
“Eu” isso, “eu” aquilo.
“Eu” faço.
E aconteço.
Do “eu”, ao “meu”.
Posse.
O “meu” Centro.
A “minha” mediunidade.
A “minha” opinião.
Sim, é sua.
É “sua” visão.
“Seu” entendimento.
“Seu” interesse.
Concordo: é “seu”.
Inteiramente.
“Eu” tenho o “meu”.
Posso?!
Deixa?!
Permite?!...
Ou... “eu” sou “seu”?!
“Eu” – o seu inimigo.
Não “eu”.
Seu “eu”.
- “Eu”, uma estrela!...
Cadente.
- Espelho, espelho meu...
Narciso não via a fonte.
Morreu.
Afogou-se.
Abraçado a si mesmo.
Cuidado.
Egoísmo mata espírito.
Ovoidização.
Pluralize-se.
D+”eu”+s.
Menos “eu”.
Mais “nós”.
- “Já não sou eu quem vive...”
Sábio, o Apóstolo.
Não quis ser.
Abdicou de si.
Negou-se.
..............................................
“Eu” – personalismo.
Cadeia.
Algema.
Prisão.
Corrija-se.
No singular?!
Só para o “mea culpa”.
“Mea máxima culpa”.
Ou comparar-se a um pé de capim.
Quando um morre...
Nasce outro no lugar.
Disse um “cisco”.
Que virou luz.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 1 de dezembro de 2019.































domingo, 24 de novembro de 2019


PLÁGIOS E OUTRAS OBSCENIDADES

Não se trata de Concordância Universal do Ensino dos Espíritos.
É plágio mesmo.
Cópia barata.
Papel carbono.
Não apenas de médiuns psicógrafos.
Nem de articulistas outros.
Mas, de oradores também.
Xerocam tudo.
Não possuem originalidade.
Roubam ideias.
Apropriam-se de textos alheios.
Desonestos.
Não citam fontes.
Não possuem originalidade.
Alguns imitam até a dicção.
Outros, os gestos – a teatralidade.
Mentem descaradamente.
Nunca privaram com Chico Xavier.
Dezenas e dezenas.
Dizem-se, no entanto, orientados dele.
E por ele, pessoalmente, na mediunidade.
Falam que ouviram dele.
Mal o viram, uma ou duas vezes.
Eles são um perigo.
Antecipar ideias?!
Nem pensar.
Vivem de mutuca.
São ladrões.
Hábeis surrupiadores.
Antedatam páginas.
O próprio Chico Xavier denunciou.
Alguns afirmam que o grande Médium lhes efetuou revelações.
De vidas anteriores.
Nunca.
Caras de pau, no Brasil e no Exterior.
Querem fazer profissão no Espiritismo.
Não trabalham em nada.
Não varrem.
Apenas sujam.
Papagaios e mulatas.
No poleiro.
Alguns são ainda periquitos.
Estão se emplumando.
Mas, chegarão lá.
Estão bem mal encaminhados.
Borrarão tudo.
Fascinados.
São médiuns, sim – das sombras.
Que pretendem escandalizar.
Ridicularizar.
Diante deles, exclamo:
- Como tem gente ingênua na Doutrina?!...
Engole sapos enormes.
Bate palmas.
Pirueta.
Atrás-adiante.
Bate-queda.
Cantam o trecho acima, de “A Holandesa”.
Mas, não cantam os versos:
Ordem.
Seu lugar.
Sim, falta-lhes permanecer em seu lugar.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 24 de novembro de 2019.













domingo, 17 de novembro de 2019


ESPÍRITO DAS TREVAS
(Encarnado, ou desencarnado)

Queixa-se.
Lamenta-se.
Dramatiza.
Faz-se de vítima.
Diz-se caluniado.
Perseguido.
Chora sem lágrimas.
Confidencia mentiras.
Esconde intenções.
Camufla sentimentos.
Disfarça paixões.
Um ator em cena.
Mente.
Ilude.
Mistifica.
Envolve.
Explora a fé alheia.
Falso profeta.
Sem rosto.
Palavra fria.
Abraço distante.
Provoca elogios.
Aplausos.
Bajulações.
Vaidosa humildade.
Falso saber.
Plágio.
Manobras sutis.
Maquiavélico.
Amor ao poder.
Ao dinheiro.
Muito dinheiro.
Implacável.
Sofista.
Não soma.
Apenas divide.
Tece intrigas.
Inconsequente.
Perigoso.
Covarde.
Sombrio.


INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 18 de novembro de 2019.




















segunda-feira, 11 de novembro de 2019


SOBRE O LIVRO “TRANSGÊNERO” Entrevista com o Dr. Inácio Ferreira

- Dr. Inácio, por que escreveu o livro “Transgênero”, recentemente lançado pela Editora LEEPP?
- Porque é um tema atual, ainda pouco estudado na Doutrina, e, principalmente, por tratar-se de um fenômeno psicológico que vem acontecendo dos Dois Lados da Vida. Além de espírita, sou um estudioso da psique, e, antes de escrever “Transgênero”, tivemos oportunidade de escrever uma trilogia sobre as questões relacionadas ao “ego”: “Egos em Conflito”, “Egos em Paz” e “Alma do Mundo”.

- Não teme as críticas, por ser o autor de uma obra que, até certo ponto, aborda tema polêmico?
- Em absoluto. Nada escrevo para obter elogio. Toda opinião séria me interessa, mas não me deixo afetar pelos críticos de plantão. Desde que escrevemos “Sob as Cinzas do Tempo”, eles nos elegeram por um de seus alvos preferenciais. Sou um homem fora do corpo, e, sendo assim, tenho o direito de me expressar. Os espíritas de pequeno conhecimento acham que todo espírito que entra em contato com os médiuns na Terra são criaturas angelicais, e não nos dão, a nós, os desencarnados comuns, o direito de ser o que somos – o espírita quer “santificar” os seus Mentores.

- Então, o Dr. Inácio Ferreira?...
- Sou um homem desencarnado, um espírito em trânsito, estudando e aprendendo sempre. Tive, quando encarnado, na condição de médico no “Sanatório Espírita”, de Uberaba, oportunidade de lidar com os intrincados temas da sexualidade humana. Aliás, quase todos os nossos internos faceavam problemas dessa natureza. Creio mesmo que, sobre a Terra, poucos são aqueles que não os faceiam. Ou estarei enganado?! Pode ser que, neste momento, algum anjo esteja lendo estas minhas palavras, e, com certeza, já tenha superado os seus conflitos sexuais – que Deus seja louvado!

- Não obstante, o livro, por tratar de assunto tão delicado, não deixa, inclusive, de expor o instrumento mediúnico, não acha?!
- Exporia, talvez, um instrumento mediúnico intimidado, mas não o nosso amigo que conheço de longa data, e que, juntos, já escrevemos cerca de cinquenta obras. Claro que a maledicência não perde oportunidade alguma para enlamear aqueles que inveja. Os mais ou menos bons – os Espíritos nô-lo disseram em “O Livro dos Espíritos” – carecem de ser um pouco mais ousados – o espírita que não dá cara a tapa não testemunha a fé! Infelizmente, muitos irmãos e irmãs de Ideal são os que chamamos de “taipeiros” – estimam ficar “em cima do muro”, por interesses exclusivamente pessoais.

- Percebe-se que tratou o assunto de maneira muito extrovertida, não?!
- Um pouco, talvez. O tema, por não deixar de ser, digamos, inabitual, na literatura espírita, carecia de ser abordado com certa leveza e descontração. Escrever um volume, de quase trezentas páginas, sobre transgeneridade, sem caçoar um pouco mais do Manoel Roberto, seria tornar o livro intragável. E, depois, o nosso propósito, foi o de apenas abrir espaço para que outras opiniões venham à baila. Embora psiquiatra, e continue estudando na Vida Espiritual, não sou o que se denomina, propriamente, de expert no assunto. Que outras vozes, mais abalizadas, não se omitam. Kardec, praticamente, não teve oportunidade de tratar do tema, como não tratou de outros que se acentuaram, ou surgiram, após a Codificação.

- Crê que a transgeneridade seja mesmo um fenômeno psíquico?
- A nível mundial, e precisar-se-ia ser cego, ou extremamente preconceituoso, para não admiti-lo. E, repito: fenômeno que se observa dos Dois Lados da Vida! O espírito carece de vivenciar múltiplas experiências em sua jornada evolutiva, e, se do ponto de vista biológico, o homem é macho e fêmea, do ponto de vista psíquico, ele é uma “multidão”. Tal fenômeno não sofrerá regressão – há de se acentuar cada vez mais, levando a Humanidade a muitas reflexões, revisão de conceitos, e, sobretudo, preconceitos.

- O livro foi revisado pela Editora?
- Foi, e não me agradou muito, não. Todavia, entendo que, em maioria, estamos nos dirigindo a mentes ainda um tanto infantilizadas, apegadas a dogmas e preconceitos, e que se revelam incapazes de compreender simples brincadeira, feita com o propósito de amenizar o peso da Verdade. A Editora ficou com receio de que, mais uma vez, eu fosse chamado de “mistificador”, e até de gay, junto com o médium. Ora, esse risco foi calculado. E, tanto a mim quanto a ele, não molestou nem um pouco.

- Podemos esperar o “Transgênero 2”?
- Por mim, o 2, o 3... Não sei, contudo, se contaremos com oportunidade mediúnica para tanto. Eu tinha vontade de efetuar uma visita àquele padre pedófilo que mora na barranca do Rio Tietê, em São Paulo... Estudar uma mente em transitório estado de insanidade é um aprendizado e tanto. Freud que o diga. Neste sentido, infelizmente, quando eu me encontrava encarnado, os meus estudos foram muito superficiais – sei que fiquei a dever. Hoje, os tempos são outros, e a minha visão também.

- O senhor acha o espírita moralista?
- Não, com exceções, eu acho o espírita bobo – bobo e vaidoso. Mas, isso é com cada um, não é?! Cada qual é bobo à sua maneira. Espírita, meu caro, quando vai para a “mídia”, e “mídia” entre aspas, porque a mídia espírita praticamente inexiste, costuma ficar encantado com a própria figura – é Narciso reencarnado! Dias atrás, eu perdi um pouco do meu tempo ouvindo um orador na carcaça – ele ficava embevecido com o som da própria voz, provocava pausas requisitando aplausos... Saí no meio da palestra e, para não fazer o número 2, fui fazer o número 1.

- Deseja acrescentar algo?
- Não. Está de bom tamanho. Apenas desejo cumprimentar o médium que agora, no último dia 9, completou 67... Somando com os meus 84 terrestres, eu e ele formamos uma dupla de 151 anos, e, portanto, não temos que dar satisfações a ninguém. Graças a Deus, somos libertos – não temos o rabo preso! Você não imagina que felicidade seja essa! Agradeço aos amigos e amigas que nos incentivam e encorajam – gente boa, que não se esconde atrás do anonimato covarde de gente que não tem cara – acho que não apenas cara! – para mostrar.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba - MG, 11 de novembro de 2019.








segunda-feira, 4 de novembro de 2019


MUITAS MORADAS

“Na Casa de meu Pai há muitas moradas.” – João, 14-2

Há muitas moradas físicas no Universo Físico.
Muitas moradas extrafísicas no Universo Extrafísico.
Muitos Mundos ditos Espirituais.
Mundos Espirituais de Mundos Espirituais.
O Universo Físico não tem teto.
O Universo Extrafísico não tem fronteira.
Muitos são os corpos espirituais – os perispíritos.
O corpo físico, ou material, é tão somente um deles.
Longe ou perto é questão de ponto de referência – apenas.
Alto ou baixo, igualmente.
Lá é aqui.
O Reino de Deus não está alhures.
Mas, sim, “dentro em vós”...
Não há maior universo do que a mente.
A mente do espírito é repleta de mundos.
O chamado “Big-Bang” é mais fenômeno interior que exterior.
Universo mental em expansão.
O Cristo é o “universo” para o qual as mentes humanas devem se expandir.
O “Buraco Negro” é o “buraco de minhoca” do Universo Físico.
Ele também existe no Extrafísico.
Reencarnar ou desencarnar – atravessar Dimensões.
Revestir-se ou desvestir-se de matéria.
É viajar no Tempo e no Espaço.
A “morte” é fenômeno de periferia.
Inacessível à essência do ser.
À nossa volta aqui, no Mundo Espiritual, formas etéreas que não vemos.
Que apenas em rocio podemos sentir.
Formas sem forma.
Sem cor, tamanho.
Sem sexo.
Sem nexo, talvez.
Luzes pulsantes.
Cérebro e coração, coração e cérebro.
Dois em um só.
Amor e Sabedoria em fusão.
Mundos Paralelos?!
Mundos Circulares – por todos os lados, sem lados.
O Mundo Espiritual espírita?!
Apenas um passo de criança fora do berço.
Mundo pequeno que se crê grande.
Mundo limitado – ultralimitado.
Mundo do “ego”.
Ainda, infelizmente.
A Casa do Pai é um “queijo suíço”.
O rato, ou melhor, o “gato de Schrödinger”...
A Terra – uma pequena pedra...
O homem – um sapo debaixo da pedra.
Fui generoso - um girino num pingo de lama.
Quanta inutilidade na vaidade.
Quanta briga pelo poder de “não-ser”.
Gigantes pigmeus.
O homem! Ah, que coisinha tola...
Tanta polêmica à toa.
Exercício da mente analfabeta.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba - MG, 4 de novembro de 2019.
















segunda-feira, 28 de outubro de 2019


ESPÍRITA DE “CENTRO”

Não sou espírita de direita.
Nem de esquerda.
Não estou com Dimas.
Nem com Gestas.
Não sou espírita do alto.
Nem de baixo.
Graças a Deus, nem de salto.
Talvez, de chinelo.
Ou, quem sabe, descalço.
Sim, como Chico, o Médium dos Pés Descalços.
Mas... não sou espírita de partido.
De partido nenhum.
Nem de qualquer ala.
Ou bloco.
Sou espírita de “Centro”.
De Centro Espírita.
Pequeno.
Humilde.
Sem filiação alguma.
Onde não se use.
Nem abuse.
Não se federe, nem se confedere.
Centro Espírita de Mesa.
Não de Mesa Branca.
Mesa de todas as cores.
Centro de periferia.
De sopa para os pobres.
Centro que tem terreiro.
Tem quintal.
Tem jardim.
Tem um frondoso abacateiro.
Centro Espírita do Povo.
De guia anônimo.
De mediunidade arroz com feijão.
De crianças e jovens.
Evangelização.
Passe sem diploma.
Centro com alegria.
Fraternidade.
Se possível, luz de lampião.
Ninho de pardal no telhado.
De telha “francesa”.
Kardeciana – faço questão.
Centro de Chico.
Muito chique.
Sem obsessão por limpeza.
Pureza, a do coração.
Principalmente.
Centro com Diretoria.
Presidente – Jesus Cristo.
Secretário – Allan Kardec.
Tesoureiro – a Caridade.
Conselho Fiscal – as Boas Obras.
Orador Oficial – o Exemplo.
Sou espírita de “Centro”.
De Belém.
De Assis.
De Pedro Leopoldo.
Centro Espírita da roça.
Lá do “Capão da Onça”.
De Santa Maria.
E adjacências.
Lá aonde “doutor” não vai.
Tem terra, tem lama.
Tem buraco.
Mas, tem muita fé.
E é o que me basta.
Para que eu não me perca.
Do “centro”...
De mim mesmo.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 28 de outubro de 2019.

















segunda-feira, 21 de outubro de 2019

FICA ASSIM!

Testemunhar a Verdade é para espíritos que, em geral, já se sintam descompromissados com os homens, mas, cada vez mais comprometidos com o Cristo.
Conheço muitos espíritas, encarnados e desencarnados, que adoram ficar em cima do muro – são “taipeiros” profissionais.
Sabem onde está o erro, todavia, não querem se expor.
Ficam calados, coniventes.
Estão acostumados a tanto, desde o terceiro século do Cristianismo, quando, lamentavelmente, fracassaram na hora de defender a pureza do Evangelho.
Estão repetindo os seus equívocos.
Amam, em demasia, o poder, para baterem de frente com establishment.
Possuem muitos interesses em jogo.
Até financeiros.
Querem se colocar ao lado de uma suposta maioria – talvez, sejam os mesmos que ficaram contra Jesus, ficando ao lado de Barrabás.
Não são capazes de se apequenarem, e cumprirem as suas tarefas no anonimato.
Adoram aplausos e bajulações.
Desculpem o termo – masturbação do ego!...
Essa gente, encarnada e desencarnada, em conluio, quer tomar as rédeas do Espiritismo – o que, absolutamente, o Espiritismo não tem.
Disputam cargos, e não encargos.
Imitam os ditadores que não abrem mão do poder – trabalham, politicamente, nos bastidores, para que sejam reeleitos, ou se tornem vitalícios.
Incrível.
Fogem da periferia da cidade, onde moram os mais pobres – desacostumaram-se de transpirar.
Para não terem que praticar a Caridade, eles a menoscabam – o seu discurso doutrinário, dizem, é da modernidade, pois, afinal, sustentam que os tempos são outros.
Opõem-se, declarada ou veladamente, aos exemplos de vida de Chico Xavier – e ao do próprio Kardec, que era desapegado de tudo – até do próprio nome!
Essa turminha vai arder – alguns já se encontram ardendo – na fornalha mais quente que é a da consciência culpada – ela é de fazer inveja aos fornos de Satanás!
Fica assim.
Fazer o quê?!
Aliás, por que time de futebol só tem 11 jogadores, e não 12?! Deve ser por conta de Judas, não é?! Eu não acredito que culpa seja da bola...
Como se costumava dizer na Maçonaria tem muito “quinta-coluna” por aí – traidores da Causa, que ADORAM UM ANONIMATO. (Os anônimos irônicos não sabem onde têm a cara – na hora de nascer, ela trocou de lugar com as nádegas – simples erro genético! Então, quando eles falam soltam pum, e quando soltam pum, falam...)
Vendem a alma por uma tapinha nas costas...
Por elogio falso.
Triste.
Vamos ficando por aqui.
Eu vou procurar a D. Maria, uma pobre lavadeira de roupas, que conheci às margens do córrego do Barro Preto, em Uberaba, quando, evidentemente, as águas eram claras e cristalinas, para tomar um passe.
Ela fuma um cigarro de palha que mal lhe cabe na boca.
Recomendo que vocês façam o mesmo por aí, onde moram.
Eu quero um passe de médium analfabeto e pobre – um passe de médium de mãos calosas, sem diploma.
Para mim, é o melhor que existe.
Tenho direito, não tenho?!...
Um passe (ops!), um abraço.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 21 de outubro de 2019.

domingo, 13 de outubro de 2019


ENTÃO, É ISSO!

Não estamos saindo em defesa desse ou daquele médium – muito menos deste nosso amigo aqui, que aprendemos a ter em alta estima e consideração.
Ele sabe se defender por si mesmo.
Mas, realmente, na gleba mediúnica, vem crescendo muito joio, que contém, em sua genética, o DNA do trigo – não sei que “mutação” os acometeu, ou vem acometendo, à determinada altura de seu desabrochar.
Sinceramente, não sei que espécie de “alucinação” ataca a cabeça de tantos médiuns promissores para que, de repente, eles passem a se sentir, inclusive, maiores que Chico Xavier – mais capacitados, mediúnicamente, que o maior fenômeno mediúnico de todos os tempos, à exceção, claro, de Jesus Cristo, que era Médium de Deus.
Creio que cada médium, no exercício de faculdade mediúnica qualquer, deveria ter a preocupação de se colocar em seu próprio lugar, ou seja: na mediocridade espiritual de que todos eles são portadores – todos!
Humaníssimos que são, deveriam deixar de criar a expectativa que tão somente os deuses da mitologia grega criavam naqueles que neles acreditavam – e, por eles, procriavam! Impressionante como esses deuses reproduziam entre si, e, não contidos em seu erotismo, sequer poupavam os pobres mortais...
Convém que os médiuns, notadamente os de psicografia, de cura e de “vidência”, procurassem ficar menos em evidência – menos, menos! –, e deixassem de rebolar feito a vedetes no palco, e parassem com essa tolice de que estão no cumprimento de um mandato – até onde sei o único médium com real mandato entre os homens foi Chico, que se dizia ser uma formiguinha, das menores, que andava pela Terra cumprindo com a sua obrigação.
Ora, meus amigos, vocês estão dando muito crédito aos médiuns, consequentemente, os sobrecarregando – eles não dão conta do recado, não! Honestamente, não! E tem mais: atualmente, aqui da Vida Maior, não conhecemos nenhum médium encarnado capacitado a se submeter à perícia de natureza científica para a comprovação inequívoca da imortalidade – e nem pesquisador habilitado para tanto, dado à sutileza com que o fenômeno de ordem intelectual, não raro, se processa.
Vocês querem a comprovação inequívoca da imortalidade da alma?! Estudem a Doutrina, pois, quem se dispuser a estudá-la com afinco, sequer necessitará de enxergar espíritos, inclusive o seu, para saber que eles, ou que nós existimos. Não há saída filosófica para a compreensão da Vida que não seja a que, através da Fé Raciocinada, o Espiritismo nos oferece – sem a Reencarnação, a Vida, no Universo inteiro, passa a ser um “acidente” que melhor fora – muito melhor – não tivesse acontecido.
Então, os nossos irmãos médiuns precisam parar de ser bajulados, e de aceitarem bajulação – e, sobretudo, ostensivamente, ou em surdina, de se colocarem uns contra os outros, como se estivessem disputando prestígio, quando, em verdade, agindo assim, estão apenas disputando um lugar um pouco mais sujo no lamaçal!
Tem muito médium que, ao lado do tratamento espiritual que lhes enseja o trabalho no Bem, necessita de um tratamento psiquiátrico, mas com um psiquiatra que também esteja aceitando tratamento, como eu estou, e muito espírita, com título acadêmico ou não, com urgência, também precisava aceitar.
Então, é isso.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 13 de outubro de 2019.