segunda-feira, 25 de setembro de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XXVI

No capítulo 33 do livro “Nosso Lar”, André Luiz, basicamente, aborda quatro assuntos importantes: as saudades que sentia da família terrestre; o desdobramento – fornece notícias de dois espíritos encarnados que, no instante do desprendimento pelo repouso do corpo físico, estavam visitando “Nosso Lar”; a chegada da equipe de resgate denominada “Samaritanos”; e outra vez, referência aos animais no Mundo Espiritual.
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Comentemos, inicialmente, a sua observação daqueles “dois vultos enormes” dos quais, segundo ele, “dos pés e dos braços pendiam filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um longo fio de singulares proporções.” Evidentemente, André está fazendo referências aos laços perispirituais que unem o espírito ao corpo carnal. O “fio de singulares proporções” que ele observa à altura da cabeça, é uma espécie de cordão umbilical, de natureza elástica, que tão somente, se desprende em definitivo quando do fenômeno da desencarnação.
No livro intitulado “Obreiros da Vida Eterna”, em seu capítulo XIII – “Companheiro Libertado” –, narrando a desencarnação de Dimas, o autor espiritual anota o que lhe disse Jerônimo: “Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona dos sentimentos e desejos sediados no tórax, e o centro mental, mais importante por excelência, situado no cérebro.”
Os nossos irmãos internautas, certamente, haverão de pensar não apenas no cordão umbilical que, constituído por duas artérias liga o feto à placenta – quando o cordão umbilical é cortado, a criança, então, passa a respirar com autonomia – é o maravilhoso fenômeno do nascimento! Pensarão, igualmente, os nossos irmãos, naquele “cordão” que liga o astronauta à sua nave, e, através do qual, ele recebe suprimento de oxigênio. Se o cordão que liga o astronauta à nave espacial se romper, ele se perderá no espaço sideral. (Semelhantemente, os mergulhadores de grande profundidade – a Organização Internacional do Trabalho considera essa profissão a mais perigosa do mundo! – quando deixam os submarinos, que lhes abrem as escotilhas, ao caminharam sobre o piso dos oceanos, ou em suas proximidades, permanecem presos a eles por uma espécie de “cordão”.) Analogias interessantes, para que os nossos irmãos reflitam no chamado “cordão de prata”, dentro qual circulam energias de natureza atômica que promovem a união entre espírito-perispírito-corpo!...
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Nos espíritos menos evolvidos, os laços perispirituais, claro, se revelam mais grosseiros, e, portanto, menos elásticos, não permitindo que o espírito se ausente do corpo para longas distâncias. O “cordão umbilical” pode também, em sua existência, ser considerado subjetivamente, ou do ponto de vista psicológico, nas “imantações” que o espírito, estando encarnado ou desencarnado, experimenta, não logrando, na maioria das vezes, afastar-se muito do local em que respira, como, por exemplo: família, casa, cidade, país, etc.
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Em alguns episódios de desdobramento, ou da “saída” temporária do espírito do corpo físico, os filamentos perispirituais podem reunir-se em um único, que lhes parece terminar à altura das pernas, dos joelhos aos pés.
Quanto maior for a distância que o espírito, em estado de projeção, esteja de seu corpo físico, mais adelgaçado o “cordão de prata” se apresenta, podendo, quando assim esteja determinado que ocorra, romper-se em definitivo.
Em “Obreiros da Vida Eterna”, em seu capítulo XIX – “A Serva Fiel” –, falando sobre o desenlace de Adelaide Câmara, a nossa Aura Celeste, mais uma vez, André Luiz registrou a palavra de Jerônimo, o Instrutor: “A cooperação de nosso plano é indispensável no ato conclusivo da liberação; todavia, o serviço preliminar do desenlace no plexo solar e mesmo no coração, pode, em vários casos, ser levado a efeito pelo próprio interessado, quando este haja adquirido, durante a experiência terrestre, o preciso treinamento com a vida espiritual mais elevada.”
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Não obstante, a fim de não nos estendermos em demasia, o que André Luiz, no capítulo 33 de “Nosso Lar”, quis demonstrar é que, em circunstâncias especiais, espíritos encarnados na Terra podem, perfeitamente, visitarem outras Dimensões, porquanto, afinal, o espírito não se encontra “emparedado” no corpo carnal.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 25 de setembro de 2017.