Choque Anímico?!
MEDIUNIDADE NA INTERNET Blog do Dr. Inácio Ferreira
Visite nosso site: www.leepp.com.br
sábado, 24 de maio de 2025
domingo, 18 de maio de 2025
Ao Ilustre “Desconhecido”
Caro irmão: Jesus nos abençoe.
Recebi a sua carta e agradeço a confiança que, com as suas palavras, você em mim deposita.
Eu vou lhe dizer algo: grande parte das doenças consideradas, na atualidade, psiquiátricas, lograria a cura, ou, pelo menos, a possível harmonização de seus portadores, caso eles tomassem a decisão de se devotarem a uma tarefa de ordem assistencial, ou, falando mais claramente, à Caridade.
Eu não conheço melhor terapia para quem se sente, psicologicamente, “deslocado”, do que a do trabalho, e, em especial, a do trabalho no Bem, através do qual a pessoa vai conseguindo esquecer-se e facilitar a sintonia com os Planos Superiores da Vida.
Não vou dizer a você que, em determinadas circunstâncias, possamos dispensar algum medicamento mais leve que nos auxilie na trégua de que carecemos para, intimamente, nos reorganizarmos.
A um médium que, certa vez, relutava em tomar o medicamento que lhe fora prescrito para controlar a pressão arterial, Chico Xavier disse que o medicamento, para nós, é uma “muleta” que nos permite caminhar um pouco mais longe...
Compreendo que, com raríssimas exceções, todos temos nos comprometido seriamente com a Lei de Causa e Efeito, que, através do inconsciente, solicita justa reparação.
Não obstante, ninguém renasce apenas para expiar o passado de culpas, sem a mínima chance de efetuar conquistas no presente em favor do futuro melhor – entre os que expiam as faltas do pretérito estão também os aflitos, carentes de consolação, que Jesus bem-aventurou.
O problema, meu caro, é que, infelizmente, a grande maioria de nós outros se acomoda – até mesmo com a doença – e esperamos que o Mais Alto intervenha em nosso favor sem, nem de leve, lhe acenarmos com algum esforço que nos garanta mérito.
Conversando com você de pai para filho, ou de irmão mais velho para um mais jovem que ainda se demora na experiência física, eu o aconselharia a ligar-se a uma atividade de Caridade em um Centro Espírita de periferia – digo de periferia, porque nele as coisas costumam ser mais simples.
Quanto aos rótulos psiquiátricos da atualidade, penso, igualmente com raras exceções, que todos os que estão na Terra, e além dele, possuem todas as letras do alfabeto – Tda, Tdah, Tb, Tab, Toc, Tea... e vão aparecer mais, talvez até tenhamos, para tanto, que criar mais letras no alfabeto.
Agora, o mais grave de todos os rótulos eu creio que seja: Sdc, ou Síndrome do Comodismo Crônico, e, por enquanto, o único medicamento capaz de curá-lo é a Dr – Dor renitente.
Não sou nenhum profeta, mas escute o que eu vou lhe dizer: se você não tomar a decisão de servir ao próximo, você atravessará o túmulo com os problemas que o estão a incomodar presentemente, com tendência de agravamento a cada minuto que você decidir continuar de braços cruzados.
Desculpe-me a sinceridade, mas o Inácio aqui desejo vê-lo com saúde e aproveitando cada minuto de sua atual encarnação, a fim de que você não chegue aqui caindo pelas tabelas, requisitando internação e providências outras de que tantos e tantos necessitam.
OBS: não espere por melhora rápida, hein, porque, talvez, os espíritos que não querem que você fique de pé, e, sim, deitado, haverão de fazer com que você, quando a quando, sofra uma ou outra recaída.
Não desanime. Kardec escreveu que uma das maneiras de nos livrarmos dos espíritos obsessores é lhes cansando a paciência.
Abraços afetuosos.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba –MG, 18 de maio de 2025.
domingo, 11 de maio de 2025
sábado, 3 de maio de 2025
Desperdício
De
Encarnações
Observando daqui, do Plano em que nos situamos, a movimentação dos espíritos que, em todo o mundo, descem à Terra, através da reencarnação, lamentamos o “desperdício” da oportunidade que, infelizmente, é quase generalizado, para o aprendizado que lhes seria possível realizar, caso estivessem um pouco mais despertos para as realidades que transcendem a sua existência no estreito ambiente em que passam a respirar.
Muitos, milhares, e poderíamos dizer milhões, quando retornam para cá de suas excursões no corpo físico, o fazem quase na mesma condição evolutiva em que se encontravam antes da “magna tentativa”, conforme escreve André Luiz no seu excelente “Nosso Lar”.
Poucos são os que, de fato, logram acrescentar algo de concreto ao seu currículo intelecto moral, dando significativo passo adiante nas sendas que todos devemos percorrer em busca de mais luz.
A esmagadora maioria vive uma vida que podemos rotular de “comum”, de vez que apenas e tão somente se horizontalizam, esquecidos de se verticalizarem, libertando-se um tanto dos grilhões que lhes são impostos no cenário onde a matéria se nos revela mais densa.
Infelizmente, nem mesmo as religiões, que deveriam conscientizá-los no referido tentame, cumprem com o seu papel, e, ao contrário, lhes alimentam expectativas ingênuas em torno da vida além da morte.
O Espiritismo, na revivescência do Cristianismo, parece lhes falar com uma linguagem que não se interessam por decifrar, quando, claro, se dispõem a ouvi-la, de vez que, na maioria das vezes, ignoram-na completamente, porque a verdade é que a Doutrina Espírita ainda carece de divulgação mais ampla entre os encarnados, como também entre inúmeros desencarnados de nossa convivência no além-túmulo.
O Espiritismo, sendo Fé Raciocinada, desapareceu da Europa e nem mesmo chegou a outros continentes, a não ser através de tímidos grupos que sobrevivem pelo heroísmo dos que os mantêm, não raro, em precário funcionamento.
Os espíritos encarnados, em geral, não querem as propostas do Espiritismo, porque este responsabiliza-os diretamente pelo que são e pelo que vierem a ser – preferem, após a sua existência no corpo, ainda sob o efeito do esquecimento do passado, que se prolonga até aqui, e alhures, o Céu, e até mesmo o sono do qual virão a despertar apenas no Dia do Juízo Final – não nos referindo àqueles que chegam a dizer que, ao que o Espiritismo preceitua sobre a evolução do espírito, preferem a tese materialista do “morreu, acabou”.
O torpor que toma conta do espírito em seu regresso ao corpo transitório, entretecido de matéria grosseira, é tão pesado que – temos que concordar – somente uma dor superlativa pode fazer com que ele se volte para a sua própria essência.
Lamentamos esse “desperdício” de tempo, embora saibamos que toda experiência vivenciada pelo espírito no corpo carnal, de certa maneira, não deixa de ser minimamente produtiva.
Realmente, podemos, metaforicamente, considerar o “mergulho” do espírito na carne com o pesado corpo adquirido sendo-lhe quase o “túmulo” em que ele verdadeiramente se encerra, e não a campa que abrigará os seus chamados restos mortais, no engenhoso processo do Criador para que a criatura, gradativamente, através do choque reencarnação-desencarnação-reencarnação, finalmente, venha a acordar, muitas vezes, de sua voluntária letargia.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de maio de 2025.