“Nosso Lar”, Comunista?!...
Lemos, em nosso Blog, com distorção de interpretação, que a cidade de “Nosso Lar”, à qual se refere André Luiz, em sua obra do mesmo nome, vige, no Mais Além, sob regime político comunista.
Há um flagrante engano da parte de quem assim se interpretou, ou interpreta, o que escreve o respeitado Autor espiritual.
“Nosso Lar”, situada na Dimensão conhecida por Umbral Fino, é uma cidade ecumênica, onde todos, ou quase todos, cultivam o hábito da oração, o que é contestado pelo Comunismo inspirado em Karl Marx e Engels.
A cidade, que, sem dúvida, é uma antecipação do que há de ser o mundo de regeneração na Terra, respira fraternidade, com dois de seus mais iminentes governantes, o Governador e a Ministra Veneranda, já logrado a oportunidade de se entender com Jesus nas Esferas Mais Altas.
Convém, aliás, que um estudo sociológico, detalhado, seja feito da obra referida, porquanto os equívocos dos que a leem apressadamente são muitos.
Por exemplo: referem-se alguns ao “Bônus Hora” como sendo o “Cartão de Crédito” que circula na economia da cidade, apenas dando destaque ao número de horas trabalhadas, não atentos para a importância do serviço e para a qualidade com que o mesmo seja executado.
Dona Laura, mãe de Lísias, deixa claro na obra que, quando recebe crianças em sua casa, as horas de serviço são remuneradas em dobro...
André Luiz, quando vai visitar o Campo da Música, não dispondo de “dinheiro” para pagar o seu ingresso, o toma emprestado de Lísias, ou aceita que o amigo lhe empreste recursos para tanto...
Claro que, em “Nosso Lar” não há mais espaço para o egoísmo humano, a não ser para alguns de seus resquícios, porque, embora o direito de propriedade não tenha sido abolido, não há quem possa continuar na condição de latifundiário.
Lá, os que trabalham, se possuem deveres, igualmente desfrutam de direitos, podendo, com o “Bônus Hora” adquirir o que desejam, enquanto os ociosos, cuidados pelo Estado, ou, no caso, pela Cidade-Estado, recebem apenas o necessário à sobrevivência...
Em todo o livro não nos deparamos com a descrição de uma criança abandonada ou de um sem-teto, como também de nenhum delinquente – em “Nosso Lar”, cada Ministério, na justa descentralização do poder, conta com 12 Ministros, sendo, no total, 72 a decidirem sobre os destinos da cidade, que, aliás, segundo nos informa o seu lúcido Autor, copia outra cidade existente em Plano mais alto.
Querer dizer que em “Nosso Lar” impera o regime comunista, é desconhecer totalmente o regime socialista-cristão que, desde os pródromos do Cristianismo, fora implantado na “Casa do Caminho”, ou na “Casa dos Apóstolos”, em Jerusalém, conforme se pode ler em “Atos dos Apóstolos”.
Portanto, neste rápido registro, fica o nosso convite para que a Obra Luiziana seja conhecida por inteira, de vez que em uma outra de tão magna importância quanto “Nosso Lar”, o livro “E a Vida Continua...”, recebemos a informação de que existem na cidade templos religiosos consagrados às mais diversificadas religiões cristãs, quando Evelina Serpa solicita audiência com um sacerdote católico.
Em “Nosso Lar” os templos religiosos não são fechados, não são incendiados e os religiosos não são expulsos da cidade, porque, felizmente, nela a liberdade de pensamento continua por inalienável bem do espírito imortal.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 11 de Setembro de 2022.
Nota: Tomamos a liberdade de indicar para os interessados a obra “Estudando ‘Nosso Lar’”, editada pela LEEPP, de Uberaba – MG.