domingo, 8 de dezembro de 2024

 

Os Médiuns

 

Verdade que se constata,

Causando profunda pena:

Quanto mais quer ser gigante,

Mais o médium se apequena.

*

A vaidade é mazela,

Que, quando age insistente,

Pela influência que exerce

Cega até médium vidente...

*

O médium personalista,

Falando de si a esmo,

Busca na própria Doutrina

A projeção de si mesmo.

*

Tem médium no Espiritismo

Sempre em busca de renome,

Que desse ou daquele espírito

Utiliza só o nome.

*

Como diz Dr. Inácio,

Brincando, fazendo mote,

No médium de salto alto,

O que resolve é serrote...

*

O verdadeiro talento

Que existe em mediunidade,

Está de posse do médium

Que sabe ter humildade.

*

O médium maior que houve,

Embora fosse Francisco,

Fugindo à própria grandeza,

Comparava-se a um “cisco”.

 

Eurícledes Formiga

Lar Espírita “Pedro e Paulo”

Uberaba – MG, 9-9-2006

 

“Organismo Perispirítico”

 

Consideremos de bom alvitre, convidar aos nossos internautas para uma releitura cuidadosa do capítulo 13 – Reencarnação –, do livro “Missionários da Luz”, de autoria de André Luiz/Chico Xavier.

Apenas com a intenção de destacar a riqueza de informações reveladores que contém o capítulo, que estudo a reencarnação de Segismundo, transcrevemos abaixo o pequeno trecho.

 

- Mas o organismo perispirítico de Segismundo não é o mesmo que ele trouxe da Crosta, ao desencarnar pela última vez?

- Sim, concordou o orientador –, tem a mesma identidade essencial; todavia, com o curso do tempo, em vista de nova alimentação e novos hábitos em meio muito diverso, incorporou determinados elementos de nossos círculos de vida, dos quais é necessário se desfaça a fim de poder penetrar, com êxito, a corrente da vida carnal. Para isto, as lutas das ligações fluídicas com as emoções que lhes são consequentes desgastam as resistências dessa natureza, salientando-se que, nesta noite, faremos a parte restante do serviço, mobilizando, em seu auxílio, nossos recursos magnéticos,

- Oh! – disse eu – não teremos aqui um fato semelhante à morte física na Crosta.

Alexandre sorriu e aquiesceu.

- Sem dúvida, desde que consideremos a morte do corpo carnal como simples abandono de envoltórios atômicos terrestres.

 

Cremos que estudo atento do capítulo referido poderá ampliar a visão ortodoxa que, infelizmente, muitos confrades ainda possuem em torno do ato de reencarnar.

 

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 8 de dezembro de 2024.