Reflexões Sobre o Perdão
Perante a Lei Divina, o perdão é um nova oportunidade concedida para que o infrator possa se redimir.
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Cremos, assim, que seja mais apropriado falarmos em autoperdão do que em perdão, porquanto o perdão deve ser obtido não através de palavras, mas de ações.
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Jesus solicitou ao Pai que perdoasse aos seus algozes, o que, de fato, não aconteceu – vem acontecendo, através dos séculos, pela Lei da Reencarnação.
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O perdão “gratuito” pode amenizar o sentimento de culpa, porém não o excluí de quem deve obtê-lo à custa de reparação.
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Emmanuel, no livro “Justiça Divina”, da lavra de Chico considera na página intitulada: “Perdoados, Mas Não Limpos”: “Chaga que abrimos na alma de alguém pode ser luz e renovação nesse mesmo alguém, mas será sempre chaga de aflição a pesar-nos na vida.”
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A anistia de nossos equívocos, ampla, total e irrestrita, não é outorga divina que não nos impunha um tributo a ser pago.
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Não existe perdão sem a chancela da Lei de Causa e Efeito.
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Jesus, ensinou-nos a orar pedindo o perdão de nossas dívidas, o que, em outras palavras, significa: concessão de oportunidade para quitá-las.
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Amor ao próximo, incluindo o perdão, expressa dação de tempo para que o outro em relação a nós, ou a nós em relação ao outro, possa apagar o mal com o bem.
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Ninguém, pois, deve se sentir perdoado, de modo a nada fazer para que o prejuízo que causou possa ser definitivamente esquecido.
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Jesus adverte que quem se sente preso pela culpa não será solto enquanto não houver pago o último ceitil.
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O espírito encarnado vive iludido de que suas faltas possam ser perdoadas apenas por serem confessadas.
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O criminoso, ao seu preso, pode quitar a sua dívida para com a sociedade, mas quitá-la para com a Lei Divina é outra coisa.
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Quem nega anistia ao próximo a nega a si mesmo.
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Quase sempre, quem não perdoa é quem mais tem a ser perdoado.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 5 de outubro de 2025.