segunda-feira, 3 de maio de 2021

 

Faz Parte

 

Diante das convulsões sociais que a Humanidade vem atravessando, que são, antes, de ordem espiritual, o importante é que cada um não se entregue ao desânimo e à desesperança.

Todos esses acontecimentos negativos que concorrem para que o homem esmoreça diante da luta, e, dentre eles, a pandemia do “Coronavírus”, fazem parte de seu processo evolutivo, no orbe que, de fato, se encontra em transição.

Não há que ninguém, pois, venha a se render à descrença em dias melhores, que sucederão os que estão sendo atravessados na atualidade, dias em que densas nuvens parecem eclipsar a claridade solar que não se altera no firmamento.

Durante algum tempo, haverá necessidade de que os nossos irmãos e irmãs, que se encontram no envoltório carnal, sobrevivam mais de esperança que de certeza, de vez que a luz que existe no fim do túnel ainda não pode ser divisada com a nitidez que se deseja.

Contudo, repetimos, tais provações, que, não raro, nos dão a impressão de titânica “queda de braços”, entre o Bem e o mal, fazem parte do que a Lei Divina determina para a aferição de valores de todos os espíritos que, direta e indiretamente, nelas se encontram envolvidos.

Não há como possa ser diferente, a não ser que tivéssemos feito diferente o caminho que, até o presente momento, temos trilhado.

À semeadura, sucede-se a colheita.

Depois da semente no chão, não há como não se fazer a ceifa de sua semeadura.

Portanto, procuremos nos revestir de muita calma e paciência, confiando na Divina Misericórdia, que não criou a raça humana para promover a sua extinção.

Continuemos a optar pela “porta estreita”, resignados ante as consequências que semelhante escolha sempre acarreta para aqueles que tomam a decisão de não seguir por nenhum atalho que os coloque em conflito com a consciência.

Na medida de nossas possibilidades, e mesmo até um pouco além delas, procuremos cooperar com o Cristo na construção do Mundo Melhor, testemunhando a fé, embora, não raro, com lágrimas de tristeza que nos caem dos olhos, por ver o rumo que, infelizmente, as coisas andam tomando.

Não concordemos em ser partícipes do caos que se estabelece e que, talvez, venha a se estabelecer de maneira mais generalizada, para que, enfim, o joio não venha se confundir com o trigo.

Cumpramos com os deveres, todos eles, a que somos chamados, para que não venhamos a estar entre os primogênitos “na terra do Egito”, que, gradativamente, haverão de ser encaminhados a doloroso exílio.

Cuidemos para que os nossos interesses pessoais não falem mais alto e nos destituam do discernimento justo.

O que está ocorrendo na Terra de agora, sem dúvida, faz parte e não é de se estranhar, porque, afinal, tais tempos estão previstos desde muito, e poucos foram e são os que possuem ouvidos de ouvir.

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 3 de Maio de 2021.