FÉ EM 2017!
Embora o tempo seja mera convenção e calendário não seja mais
do que uma criação do homem, para marcar a ilusória passagem do tempo,
desejamos que as nossas palavras iniciais, em 2017, externem a nossa confiança
no futuro.
Ante tantos prognósticos de natureza pessimista, queremos
trazer a todos a nossa mensagem de esperança, compreendendo que, de fato, o
momento que a Humanidade atravessa, é de vertiginosa aferição de valores.
O homem não pode e não deve continuar assim, nessa corrida desenfreada
na direção do abismo que se lhe escancara aos pés, ameaçando tragar todas as
conquistas da civilização...
Carecemos, sim, de um basta no extremo consumismo de nossos
tempos, e no descaso a que se têm votado as questões que transcendem, e que deveriam,
sem dúvida, merecer prioridade entre os espíritos.
As peças desse imenso “tabuleiro de xadrez” que é a evolução
humana parecem se movimentar, não aleatoriamente, mas por força da ação das
Leis Divinas, para aplicarem um xeque-mate na civilização deste alvorecer de
Terceiro Milênio, constrangendo-a a efetuar uma revisão em suas escolhas.
Individualmente, porém, não esmoreçamos! Perseveremos em
lutar contra as adversidades, reconhecendo que a Terra de agora é campo
propício para que o espírito interessado em sair do lugar comum possa crescer
na direção da Luz.
Não nos deixemos abater pelas dificuldades que surgem,
sobretudo, para nos ensinar a viver com o suficiente, podando-nos a inclinação
para o supérfluo, e nos levando a inferir que existe, sim, um Poder Soberano
que permanece sempre vigilante, que não será desafiado sem sérias consequências
para quantos o fizerem.
Em todos os tempos foi assim... Civilizações têm sucedido a
civilizações, e o progresso moral e intelectual da Humanidade, ao que nos parece,
acontece sob o impulso de acontecimentos considerados funestos.
Não somos, claro, pregoeiros da violência, mas não podemos
olvidar que foi somente depois das duas Grandes Guerras, que a Humanidade
conheceu notável surto de progresso. Quando alcança os seus extremos, a dor
física tende a devolver ao organismo o seu equilíbrio.
O homem dos tempos atuais, mais que nunca, está a necessitar
de algo que o induza à introspecção – de algo que o leve a preocupar-se não com
a sua adesão a essa ou àquela religião formalizada, mas com a sua própria
espiritualidade.
Assim – repetimos – não nos permitamos abater pelos discursos
derrotistas e apocalípticos, que têm soado aqui e ali, gerando temor e
descrença nos espíritos frágeis.
Pensemos no Bem, falemos no Bem e, sobretudo, continuemos a
agir no Bem, convictos de que, realmente, a porta estreita somente poderá ser
atravessada pelos que a ela se candidatam, confiantes nas indeléveis palavras
do Cristo: “No mundo passais por
aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 23 de janeiro de 2017.