domingo, 22 de janeiro de 2017

FÉ EM 2017!

Embora o tempo seja mera convenção e calendário não seja mais do que uma criação do homem, para marcar a ilusória passagem do tempo, desejamos que as nossas palavras iniciais, em 2017, externem a nossa confiança no futuro.
Ante tantos prognósticos de natureza pessimista, queremos trazer a todos a nossa mensagem de esperança, compreendendo que, de fato, o momento que a Humanidade atravessa, é de vertiginosa aferição de valores.
O homem não pode e não deve continuar assim, nessa corrida desenfreada na direção do abismo que se lhe escancara aos pés, ameaçando tragar todas as conquistas da civilização...
Carecemos, sim, de um basta no extremo consumismo de nossos tempos, e no descaso a que se têm votado as questões que transcendem, e que deveriam, sem dúvida, merecer prioridade entre os espíritos.
As peças desse imenso “tabuleiro de xadrez” que é a evolução humana parecem se movimentar, não aleatoriamente, mas por força da ação das Leis Divinas, para aplicarem um xeque-mate na civilização deste alvorecer de Terceiro Milênio, constrangendo-a a efetuar uma revisão em suas escolhas.
Individualmente, porém, não esmoreçamos! Perseveremos em lutar contra as adversidades, reconhecendo que a Terra de agora é campo propício para que o espírito interessado em sair do lugar comum possa crescer na direção da Luz.
Não nos deixemos abater pelas dificuldades que surgem, sobretudo, para nos ensinar a viver com o suficiente, podando-nos a inclinação para o supérfluo, e nos levando a inferir que existe, sim, um Poder Soberano que permanece sempre vigilante, que não será desafiado sem sérias consequências para quantos o fizerem.
Em todos os tempos foi assim... Civilizações têm sucedido a civilizações, e o progresso moral e intelectual da Humanidade, ao que nos parece, acontece sob o impulso de acontecimentos considerados funestos.
Não somos, claro, pregoeiros da violência, mas não podemos olvidar que foi somente depois das duas Grandes Guerras, que a Humanidade conheceu notável surto de progresso. Quando alcança os seus extremos, a dor física tende a devolver ao organismo o seu equilíbrio.
O homem dos tempos atuais, mais que nunca, está a necessitar de algo que o induza à introspecção – de algo que o leve a preocupar-se não com a sua adesão a essa ou àquela religião formalizada, mas com a sua própria espiritualidade.
Assim – repetimos – não nos permitamos abater pelos discursos derrotistas e apocalípticos, que têm soado aqui e ali, gerando temor e descrença nos espíritos frágeis.
Pensemos no Bem, falemos no Bem e, sobretudo, continuemos a agir no Bem, convictos de que, realmente, a porta estreita somente poderá ser atravessada pelos que a ela se candidatam, confiantes nas indeléveis palavras do Cristo: “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.”

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 23 de janeiro de 2017.