domingo, 31 de julho de 2022

Autismo

 

O “Autismo”, como toda doença de ordem psíquica, tem a sua causa no espírito, e não exatamente no corpo somático.

O corpo físico tão somente reflete, em seus componentes cromossômicos, os desarranjos da mente, alicerçados na Lei de Causa e Efeito.

A mente “autista”, não raro, é consequência de um espírito introspectivo, incomodado pelo seu subconsciente, devido aos mais diversificados complexos de culpa.

O “autista”, em geral, mental e emocionalmente, estaciona ou insiste em permanecer estacionado no tempo, como quem desejasse fazer o tempo retroceder em um processo de reinicialização de sua trajetória.

Assim, de maneira mais ou menos acentuada, podemos concluir que todos, sem exceção, os que carregamos culpa na consciência, somos portadores de “autismo” em algum grau de manifestação, pois, mercê da Misericórdia Divina, não há espírito que não anseie por reinicializar-se, zerando as consequências das infrações cometidas.

Todavia, em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, na página intitulada “A Melancolia”, no cap. V, podemos nos deparar com uma espécie de “autismo” que diz respeito aos espíritos que, vitimados pela “saudade” de sua ancestralidade, sentem-se deslocados nos mundos em que peregrinam, muitas vezes, cumprindo árduas tarefas junto aos seres que os habitam e pelos quais são incompreendidos.

Em Jesus Cristo, quando, por exemplo, tantas vezes retirava-se para orar “ele só”, nos deparamos com o que podemos entender como sendo a sublimação do estado “autista”, que nada tem a ver com as patologias de ordem psíquica.

Enfim, o assunto é vasto, e, aos poucos, induzirá a Ciência a considerar a realidade da Reencarnação, por deixar evidente, por uma razão ou outra, a inadaptação do espírito à sua nova experiência no corpo material.

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 31 de Julho de 2022.