domingo, 16 de fevereiro de 2025

 

A Ideia e o Autor

 

Infelizmente, são muitos, os arremedos de espíritas, que não podendo combater a ideia doutrinária com a qual não concordam, passam a combater os seus autores.

Caluniam-nos.

Difamam-nos.

Acusam-nos.

Enfim, adotam um comportamento completamente antagônico ao que a Doutrina prescreve.

Movidos por interesses completamente pessoais, não hesitam em atacar, e destruir – se tal fosse possível – os autores intelectuais das ideias que contrariam os seus pontos e vista pessoal, ou, às vezes, até mesmo o seu bolso.

Criam as mais estranhas narrativas, apoiados nos desequilíbrios de pessoas que sabem ser inimigas da Doutrina, às quais, depressa, fazem questão de se associar na nefanda causa que lhes é comum.

Espíritos medíocres que são de tudo são capazes para destruir moralmente os seus opositores.

Desprovidos de argumentos sérios, lançam a cizânia entre os neófitos, e creem, assim, estar prestando um grande serviço à Causa.

Quando nada puderam fazer contra Sócrates, obrigaram-no a tomar cicuta.

Quando nada puderam contra Luther King, mataram-no a tiros,

Nada podendo fazer para calar a Jesus Cristo, pregaram-nos na cruz, entre dois ladrões.

Tem sido sempre assim: a força opressora, a cassação da liberdade de pensa, e a de ir e vir, quando não se reconhece à altura de estar esgrimando no campo das ideias.

Durante séculos e séculos, foi assim que os anões do espírito enfrentaram e intentaram calar os gigantes do pensamento.

Filósofos ridicularizados.

Religiosos humilhados.

Cientistas perseguidos.

Todavia, a Verdade é semelhante ao Sol – nuvens espessas podem, temporariamente, impedirem de mostrar aos homens a sua face resplendente, mas, na primeira oportunidade, as nuvens, sempre transitórias passam, e o Astro-Rei volta brilhar.

Cremos que esses arremedos de espíritas não acreditam na Lei de Causa e Efeito, porquanto, caso acreditassem, haveriam de pensar mil vezes antes de caluniaram uma só.

Pensamos que estejam na Doutrina porque, em parte alguma, encontram espaço para destilarem a sua maledicência, ou se sentirem um pouco maiores do que jamais puderam se sentir.

Eu os conheço bem, pois, em minha derradeira romagem terrestre, pude senti-los de perto, intentando agredir-me o corpo e alma...

Não obstante, todos eles passaram e hoje, infelizmente, ninguém sequer sabe onde descansam os seus restos mortais, se na boca de algum tatú ou entre as mandíbulas de suas irmãs – as minhocas.

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 16-2-25