66... – Falta só mais um 6!...
Meu
filho, 66...
Falta só
mais um 6, para o número da “besta” do Apocalipse...
Mas, você
está indo bem...
Ainda há
de chegar lá...
A verdade
é que, por muitos, você já é considerado um “tsunami”...
Perigoso
maremoto...
Invasor
de praias e cidades...
Conflita-se
com os doutores da lei...
Põe-se
contra os modernos escribas e fariseus...
Ousa
opinar...
Dizer o
que pensa...
Não
pode...
Contrariar
o status quo do Movimento?!
Um
absurdo...
Desafiar
os velhos “caciques”...
O que
você está querendo, se não apanhar, e muito?!...
Masoquista...
Depois
reclama...
Como Eça
disse a Fernando, provoca discussão e não quer ser discutido?!...
Ora, não
tem jeito...
Seja a
reencarnação de um avestruz e... estará tudo certo...
Faça como
muita gente, que esconde a cabeça e mostra o traseiro...
Não o
estou incentivando ao nudismo...
Para
tanto, procure a Cap d’agde Pueblo Naturista, ao sul da França...
Sim, na
pátria do Codificador...
Mas,
mudemos de assunto...
9 de
novembro...
18 de
Brumário do ano VIII...
Golpe de
Estado...
Terá sido
influência da data – novo regime na França, liderado pelo jovem general
Napoleão Bonaparte?!...
Não sei,
talvez, quem sabe...
O certo é
que o tempo avança...
O Carlim
das quadras de futebol-de-salão – um tremendo perna de pau! – é o Baccelli dos
tablados de MMA...
Não sei
como ainda não foi a nocaute...
É cada
coice...
Ainda bem
que, de mim, além de meus pensamentos, você, na condição de médium, tem
assimilado a alegria – ou o deboche, sei lá...
Sabe,
desde que me tornei espírita, plantei um bananal...
Tenho
sempre bananas para distribuir...
Verdes e
maduras...
Grandes e
pequenas...
Sempre
cantarolo aquela canção “O Vendedor de Bananas”...
Conhece?!...
Pesquisei
– de Jorge Ben Jor...
Ele ainda
está na carcaça...
“Eu vendo
banana, mãe, mas eu sou honrado, mãe...”
No meu
caso, eu não vendo – distribuo de graça... É tanto bananão no fundo do meu
quintal!...
Continue
firme, viu?!...
Você
conhece aquele ditado que a gente deve fingir de morto?!... Continue
fingindo...
Fingir de
morto... Como é mesmo o ditado?!...
Ai, meu
Deus, até aqui a minha “consciência exterior” me cerceia...
A Modesta
me vigia de longe...
O Odilon
me enquadra...
Já o
Manoel Roberto me inspira...
Mas, em
contrapartida, eu não lhe dou sossego...
Sim, a
você...
Um jovem,
aos 66...
Fumando
feito uma chaminé, eu fui aos 84...
Você, que
não fuma, tem obrigação de ir a mais – pelo menos, mais uns quatro lustros...
Em 20
anos, talvez, possamos rabiscar um tanto mais...
Incomodar
mais gente...
Provocar...
Enfurecer...
Parabéns,
viu!...
Não tenho
aqui, para a gente comemorar, um daqueles sucos de caju que tomávamos juntos,
em nossa casa, com os meus gatos passeando sobre a mesa...
Nem uma
bela taça de vinho do Porto...
Ou uma
Malzbier geladinha, igual à que sua mãe, Dona Odette, degustava aos domingos...
Dizia que
era para aumentar o leite...
E o
”epicurismo”...
Mas,
tenho um grande abraço para lhe dar – de toda a turma!...
Continue
firme na trincheira...
Se não
morreu até agora, é porque, de fato, é imortal!...
Não da
Academia de Letras...
Mas, da
Academia da Teimosia elevada ao quadrado, porque é a minha somada à sua!...
Abraços.
Desculpe
a informalidade...
O seu
presente?! A sua viagem de graça a Portugal, e o lançamento de um livro editado
lá...
Polêmico,
mas verdadeiro...
Eu gosto
é de médium assim...
Bem
haja!...
Se o seu
avião despencar, estou lhe esperando...
Com uma
vassoura novinha...
Tem muita
sujeira a varrer por aqui também...
Eu não
sei, mas tem espírita que, mesmo depois de morto, parece que vive com
diarreia...
Deus
meu!...
INÁCIO
FERREIRA
Uberaba –
MG, 9 de novembro de 2018.