BRASIL, REFÉM DAS
TREVAS
Os recentes acontecimentos na política brasileira, com a
corrupção generalizada sob investigação na Operação “Lava Jato”, a situação
alarmante nas mais diversas penitenciárias do país e, agora, com a desencarnação,
em suspeito acidente aéreo, de um juiz do STF, nos induzem a crer que, de fato,
infelizmente, o Brasil permanece como refém das trevas que intentam impedir o
seu progresso.
O descalabro tem se mostrado tão grande que delitos
considerados menores, não devidamente combatidos pela polícia e pela justiça,
multiplicam-se assustadoramente, ao ponto de numa cidade de médio porte, como
Uberaba, quase dez carros terem sido roubados, de seus proprietários, em um só
dia.
A questão, analisada mais profundamente, revela, claramente,
o intuito das forças espirituais
negativas que, no corpo e fora dele, não querem que o Brasil se firme no
cenário internacional como uma grande potência, e não venha a corresponder à
expectativa do Mundo Espiritual na condição de Pátria do Evangelho.
A tudo o que, infelizmente, percebe-se por artimanha das
trevas, junte-se, inquestionavelmente, o crescimento das religiões ditas neopentecostais,
através de suas lideranças, que, igualmente, infiltrando-se na política, vêm
lutando para ocupar o poder com o propósito de exercer uma suposta hegemonia
espiritual, em versão atualizada dos mercadores que Jesus, há cerca de vinte
séculos, expulsou do templo a chibatadas.
O quê – pergunta-se, com frequência – o Mundo Espiritual,
através dos espíritos bem intencionados, poderia fazer para auxiliar na
libertação do país, que, sequentemente, por obra e graça dos que o corrompem,
vem perdendo “o bonde da história”?...
Confesso-lhes, de minha parte, sinceramente, que muito pouco,
de vez que sequer temos encontrado indispensável campo receptivo nas mentes que
procuramos sensibilizar, principalmente entre aqueles que, do ponto de vista
administrativo, ocupam posições estratégicas em decisões a serem tomadas em
favor da coletividade.
O que, em geral, podemos fazer, por exemplo, é o que estamos
fazendo agora, rascunhando, do Mais Além, uma página como esta, conclamando aos
espíritos encarnados a que aprendam oporem-se, veementemente, a tal estado de
coisas que objetiva conduzir o país ao abismo institucional.
Tentou-se fazer que o Brasil se transformasse numa Cuba de
Fidel, mas frustrado o plano inicial, tenta-se agora fazê-lo ser uma Venezuela
de Chaves e Maduro, com todo o respeito que nos merecem os irmãos cubanos e
venezuelanos, que, há tempos, padecem nas mãos de ditadores sem escrúpulos.
Não olvidemos que, pacificamente, Jesus sempre se opôs à
ortodoxia dos judeus e ao domínio dos romanos, não hesitando em externar os
seus pensamentos, e, com indômita coragem, enfrentou-os com base em suas
palavras e exemplos.
Os espíritos reencarnados no Brasil não devem continuar
esperando por soluções milagrosas e sobrenaturais para os seus problemas de
ordem social, acionando todos os mecanismos à sua disposição para exigir que o
país deixe de ser roubado por aqueles que são chamados a gerir o patrimônio
público.
Não se espere bom senso da maioria dos governantes atuais,
seja de que partido for, porquanto está passando da hora de que eles tenham
brio na cara e de que não se devotem à política pensando em enriquecimento de
natureza ilícita.
Os espíritos atualmente reencarnados no Brasil, que amam a
pátria, e querem um futuro melhor para todos, devem, sim, em nossa opinião,
voltar às ruas e lutar para que ele não permaneça manietado, à mercê das trevas,
que, a partir de Brasília, sobre ele se concentram.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 30 de janeiro de 2017.