domingo, 1 de dezembro de 2024

 

“Nos Domínios da Mediunidade”

 

Cremos que vale a pena recordar aos nossos irmãos e irmãs internautas o que Emmanuel, profeticamente, escreveu no prefácio do livro “Nos Domínios da Mediunidade”, em 3 de outubro de 1954:

 

“E, desde o último quartel do século passado, a Terra se converteu num reino de ondas e raios, correntes e vibrações.

A eletricidade e o magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo.

O estudo dos raios cósmicos evidencia as fantásticas energias espalhadas no Universo, provendo os físicos de poderosíssimos instrumentos para a investigação dos fenômenos atômicos e subatômicos.

Bohrs, Planck, Einstein erigem novas e grandiosas concepções.

O veículo carnal agora não é mais que um turbilhão eletrônico regido pela consciência.

Cada corpo tangível é um feixe de energia concentrada. A matéria é transformada em energia, e esta desaparece para dar lugar à matéria.

Químicos e físicos, geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade são hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como consequência de seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações negativistas.

Os laboratórios são templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia política, geradora de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina, permanece na exaltação do bem, rumo a glorioso porvir.

O futuro pertence ao Espírito!”

 

O prefácio de Emmanuel, escrito há 70 anos, por si só, vale todo o livro.

Percebemos, inclusive, que as verdades espíritas, a pouco e pouco, estão “escapando” ao domínio daqueles que, talvez, as quisessem possuir para lhes dar algum poder no campo do conhecimento da Verdade.

Kardec, antevendo tudo o que haveria de acontecer, escreveu que “o Espiritismo há de ser científico, ou não sobreviverá”. E não sobreviveria não apenas ante o avanço vertiginoso da Ciência, mas, principalmente, aos que anseiam por detê-lo em indesejável sectarismo.

A herança espírita, se é que assim podemos nos expressar, será tão somente o tesouro de ser o guardião do Evangelho, ou seja, de restaurar o Evangelho do Cristo, o que, convenhamos, por essencial, já significa tudo.

Os espíritas que, infelizmente, ainda trazem consigo o dogmatismo secular, haurido em suas experiências religiosas do passado, estão e serão, cada vez mais, ultrapassados.

No mundo todo, surgem cientistas, a cada dia, pesquisando a Imortalidade e a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito e a vida em outras Dimensões. Temos, na bibliografia mundial, dezenas e dezenas de livros, que podem ser considerados mais espíritas que alguns volumes escritos e editados sob a chancela do Espiritismo.

Permaneçamos, assim, tranquilos, porque, como também escreveu Kardec, sendo “a Ciência do Infinito”, o Espiritismo há de deixar no limitado todos os que não ampliarem os horizontes de seu pensamento e do seu coração.

 

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 1 de dezembro de 2024.