“Nos Domínios da
Mediunidade”
Cremos que vale a pena recordar aos nossos irmãos e irmãs
internautas o que Emmanuel, profeticamente, escreveu no prefácio do livro “Nos
Domínios da Mediunidade”, em 3 de outubro de 1954:
“E, desde o último
quartel do século passado, a Terra se converteu num reino de ondas e raios,
correntes e vibrações.
A eletricidade e o
magnetismo, o movimento e a atração palpitam em tudo.
O estudo dos raios
cósmicos evidencia as fantásticas energias espalhadas no Universo, provendo os
físicos de poderosíssimos instrumentos para a investigação dos fenômenos
atômicos e subatômicos.
Bohrs, Planck, Einstein
erigem novas e grandiosas concepções.
O veículo carnal agora
não é mais que um turbilhão eletrônico regido pela consciência.
Cada corpo tangível é
um feixe de energia concentrada. A matéria é transformada em energia, e esta
desaparece para dar lugar à matéria.
Químicos e físicos,
geômetras e matemáticos, erguidos à condição de investigadores da verdade são
hoje, sem o desejarem, sacerdotes do Espírito, porque, como consequência de
seus porfiados estudos, o materialismo e o ateísmo serão compelidos a
desaparecer, por falta de matéria, a base que lhes assegurava as especulações
negativistas.
Os laboratórios são
templos em que a inteligência é concitada ao serviço de Deus, e, ainda mesmo
quando a cerebração se perverte, transitoriamente subornada pela hegemonia
política, geradora de guerras, o progresso da Ciência, como conquista divina,
permanece na exaltação do bem, rumo a glorioso porvir.
O futuro pertence ao
Espírito!”
O prefácio de Emmanuel, escrito há 70 anos, por si só, vale
todo o livro.
Percebemos, inclusive, que as verdades espíritas, a pouco e
pouco, estão “escapando” ao domínio daqueles que, talvez, as quisessem possuir
para lhes dar algum poder no campo do conhecimento da Verdade.
Kardec, antevendo tudo o que haveria de acontecer, escreveu
que “o Espiritismo há de ser científico,
ou não sobreviverá”. E não sobreviveria não apenas ante o avanço
vertiginoso da Ciência, mas, principalmente, aos que anseiam por detê-lo em
indesejável sectarismo.
A herança espírita, se é que assim podemos nos expressar,
será tão somente o tesouro de ser o guardião do Evangelho, ou seja, de
restaurar o Evangelho do Cristo, o que, convenhamos, por essencial, já
significa tudo.
Os espíritas que, infelizmente, ainda trazem consigo o
dogmatismo secular, haurido em suas experiências religiosas do passado, estão e
serão, cada vez mais, ultrapassados.
No mundo todo, surgem cientistas, a cada dia, pesquisando a
Imortalidade e a Reencarnação, a Lei de Causa e Efeito e a vida em outras
Dimensões. Temos, na bibliografia mundial, dezenas e dezenas de livros, que
podem ser considerados mais espíritas que alguns volumes escritos e editados
sob a chancela do Espiritismo.
Permaneçamos, assim, tranquilos, porque, como também escreveu
Kardec, sendo “a Ciência do Infinito”, o Espiritismo há de deixar no limitado
todos os que não ampliarem os horizontes de seu pensamento e do seu coração.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 1 de dezembro de 2024.