Alguns Confrades
Alguns confrades encarnados parecem ficar contrariados quando manifestamos opiniões, doutrinárias ou, por vezes, até sócio-políticas, que contrastam com as que eles possuem sobre os mesmos temas.
Precisamos dizer, uma vez mais, que respeitamos os pontos de vista que lhes dizem respeito, mas que, igualmente, esperamos que eles respeitem os que nos pertencem.
Ainda jovem aprendi com a minha mãe, e não com a Doutrina, posto que eu ainda nem espírita era, a respeitar os direitos do próximo, sem, todavia, abrir mão dos que me são pertinentes.
Assim sendo, lamentamos o aborrecimento que, por vezes, ou quase sempre, causamos a alguns de nossos irmãos de Ideal, que, compreensivelmente, não pensam como pensamos – e isso sobre os mais diferentes assuntos que tratamos em nossos arrazoados escritos do Mais Além para a Terra.
Carecemos, no entanto, dizer aos que não concordam conosco, que é absolutamente inútil a crítica ferina que, não raro, nos endereçam, talvez até com propósito de nos causar alguma espécie de intimidação.
No campo doutrinário prosseguiremos, sem interrupção, dizendo o que entendemos da Vida e de nossos postulados doutrinários, preferindo, se for o caso, a nos equivocarmos, de maneira solitária, com a melhor das intenções de acerto, do que nos juntarmos às vozes daqueles que desfraldam as suas bandeiras movidos por escusos interesses de ordem pessoal ou de grupo...
E no setor sócio-político, embora a nossa presente condição de espírito fora do corpo, igualmente, não consentiremos que ninguém nos venha amordaçar, inclusive sob o pretexto de que nada temos a ver com o desenrolar de certos acontecimentos envolvendo a Humanidade da qual não mais fazemos parte (sic)...
Manifestar-nos-emos, sim, quando e quanto nos aprouver, em defesa do futuro melhor para o Brasil e para o mundo, que julgamos começando agora a prenunciada Nova Era que, faz tempo, aguardamos com ansiedade.
Infelizmente, na atualidade, não divisamos, no campo político da Terra, nenhum Francisco de Assis e nenhuma Teresa D’Ávila, na disputa dos próximos cargos eletivos, não obstante, de nossa parte, já conseguimos identificar os déspotas e os tiranos que, não faz muito, saquearem os cofres públicos, e, outra vez, desejam saqueá-los, ludibriando o povo com as suas mentiras e falácias.
Não olvidemos que em “O Livro dos Espíritos”, os Espíritos da Codificação afirmaram que os maus prosperam na Terra por conta da tibieza dos bons, ou, no meu caso, segundo deduzo, dos que estão fazendo um esforço hercúleo para não seguir compactuando com o mal.
Então, meus caros, pedindo-lhes escusas pelos transtornos que, possivelmente, venhamos causando ao seu sono tranquilo, encerramos este despretensioso comunicado de espírito vulgar afirmando e lhes reafirmando que não percam conosco o seu precioso tempo, porque eu também sei cantar o “cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu”...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 3 de Abril de 2022.