Como Tocamos?!
“Mas Jesus disse:
Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro [com seus companheiros] disse:
Mestre, as multidões te apertam e te oprimem [e dizes: Quem me tocou?]” – Lucas, 8-45
O episódio da cura da mulher hemorroísa, aqui narrado por Lucas,
no enseja muitas reflexões, que apontaremos – algumas – sem efetuar maiores
comentários a respeito.
- A pobre senhora sofria há doze anos, e gastara com os
médicos da época tudo o que possuía...
- Jesus, como sempre, estava cercado pela multidão...
- Muitos, segundo a narrativa do Evangelista, o tocavam e...
oprimiam...
- De repente, no entanto, o Divino Mestre sente que alguém
lhe tocara de maneira singular...
- Dele, então, “saiu
poder”, emanou virtude...
- Sem conseguir aproximar-se pela frente, ela viera pelas
suas costas...
- Provavelmente, arrastando-se, inclusive, talvez, com as
vestes manchadas de sangue...
- Quase certo, que o Cristo vivia cercado por pessoas
possessivas, que lhe disputavam a presença, em mera curiosidade...
- Nem sempre, os doentes conseguiam dele se acercar...
- Qual ocorrera com o homem paralítico do Tanque de Betesda,
que nunca lograva se atirar nas águas que, periodicamente, um anjo
magnetizava...
- A mulher hemorroísa tocara apenas na orla de sua túnica
inconsútil...
- Foi o máximo que pudera fazer...
- Ela e Jesus não permutaram palavra...
- Não há quem, com certeza, lhe saiba a identidade...
- No entanto, sim, deveria ser muito conhecida na cidade em
que morava...
- Cafarnaum?!...
- Não importa a localidade...
- Importa que, no mesmo instante, ela ficara curada...
- NO MESMO INSTANTE, deixara de verter sangue...
- De definhar, esgotando-se...
- Jesus, virando-se, a chama de “filha”, e diz que ela fora salva pela sua própria fé...
- Pelo seu toque de fé, se lhe operara a cura do mal que a
atormentava...
Assim meditando, uma questão se nos impõe sobre as demais que
o maravilhoso texto nos possibilita:
- Ante as nossas carências de cura, no corpo e na alma, como
temos tocado na orla das vestes do Senhor?!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 29 de Agosto de 2021.
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