COMO VOCÊ
INTERPRETA? – III
Prosseguindo com os nossos estudos e reflexões sobre as
revelações de André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, a respeito da
Vida no Mundo Espiritual próximo, apenas com o propósito de diversificar um
pouco a metodologia, pedimos a você que assinale se está certa ou errada
a nossa interpretação dos textos transcritos. E, claro, você tem ampla
liberdade para, concordando ou discordando, acrescentar o que desejar. (Os
textos pertencem aos dois primeiros capítulos do livro “Nosso Lar”).
“Estava convicto de não
mais pertencer ao número dos encarnados no mundo, e, no entanto, meus pulmões
respiravam a longos haustos.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, é também
dotado de um Sistema Respiratório.
“Enfim, como a flor de
estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os
germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os,
criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. Não adestrara órgãos para a
vida nova.”
- Significa que a plena consciência da desencarnação e de que
se está numa outra Dimensão, depende, igualmente, de se desenvolver
determinadas ligações neuronais (sinapses), que facilite ao espírito tal
conscientização, em exercício de espiritualização quando ele se encontra
encarnado.
“Comezinhos fenômenos
da experiência material patenteavam-se-me aos olhos. Crescera-me a barba, a
roupa começava a romper-se com os esforços da resistência, na região
desconhecida.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, também
produz hormônios que, no caso específico, lhe faziam crescer a barba. Quanto à
roupa, ser-nos-á lícito deduzir que, na Vida de além-túmulo, ele se encontrava
trajado com o duplo da roupa com que
fora sepultado.
“Persistiam as necessidades
fisiológicas, sem modificação.”
- Significa que ele continuava realmente experimentando as
mais comuns necessidades fisiológicas dos encarnados: necessidade de alimento,
de água, de excreção, de sono e repouso, de atividade, de abrigo e temperatura
adequada, etc.
“Castigava-me a fome
todas as fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair
definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me
verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me
atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colava os lábios à nascente
turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para
frente. Muita vez suguei a lama da estrada...”
- Significa que as suas necessidades não eram ilusórias –
eram reais – e que, na Dimensão espiritual em que ele se encontrava, existem “nascentes” d’água, ou seja, existe água
para atender as necessidades do corpo espiritual que são similares às do corpo
físico.
“Alvo lençol foi
estendido ali mesmo, a guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os
cooperadores a transportarem-me, generosamente.”
- Significa que o seu resgate daquela região umbralina se deu
à semelhança do resgate que se efetua de um doente que mal consegue manter-se
em pé, com a possível utilização de veículo apropriado para tanto, até aos
portões de “Nosso Lar”.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 27 de fevereiro de 2017.