segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA? – III

Prosseguindo com os nossos estudos e reflexões sobre as revelações de André Luiz, através da mediunidade de Chico Xavier, a respeito da Vida no Mundo Espiritual próximo, apenas com o propósito de diversificar um pouco a metodologia, pedimos a você que assinale se está certa ou errada a nossa interpretação dos textos transcritos. E, claro, você tem ampla liberdade para, concordando ou discordando, acrescentar o que desejar. (Os textos pertencem aos dois primeiros capítulos do livro “Nosso Lar”).

“Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo, e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, é também dotado de um Sistema Respiratório.

“Enfim, como a flor de estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minhalma. Sufocara-os, criminosamente, no desejo incontido de bem-estar. Não adestrara órgãos para a vida nova.”
- Significa que a plena consciência da desencarnação e de que se está numa outra Dimensão, depende, igualmente, de se desenvolver determinadas ligações neuronais (sinapses), que facilite ao espírito tal conscientização, em exercício de espiritualização quando ele se encontra encarnado.

“Comezinhos fenômenos da experiência material patenteavam-se-me aos olhos. Crescera-me a barba, a roupa começava a romper-se com os esforços da resistência, na região desconhecida.”
- Significa que o corpo espiritual, ou períspirito, também produz hormônios que, no caso específico, lhe faziam crescer a barba. Quanto à roupa, ser-nos-á lícito deduzir que, na Vida de além-túmulo, ele se encontrava trajado com o duplo da roupa com que fora sepultado.

“Persistiam as necessidades fisiológicas, sem modificação.”
- Significa que ele continuava realmente experimentando as mais comuns necessidades fisiológicas dos encarnados: necessidade de alimento, de água, de excreção, de sono e repouso, de atividade, de abrigo e temperatura adequada, etc.

“Castigava-me a fome todas as fibras, e, nada obstante, o abatimento progressivo não me fazia cair definitivamente em absoluta exaustão. De quando em quando, deparavam-se-me verduras que me pareciam agrestes, em torno de humildes filetes d’água a que me atirava sequioso. Devorava as folhas desconhecidas, colava os lábios à nascente turva, enquanto mo permitiam as forças irresistíveis, a impelirem-me para frente. Muita vez suguei a lama da estrada...”
- Significa que as suas necessidades não eram ilusórias – eram reais – e que, na Dimensão espiritual em que ele se encontrava, existem “nascentes” d’água, ou seja, existe água para atender as necessidades do corpo espiritual que são similares às do corpo físico.

“Alvo lençol foi estendido ali mesmo, a guisa de maca improvisada, aprestando-se ambos os cooperadores a transportarem-me, generosamente.”
- Significa que o seu resgate daquela região umbralina se deu à semelhança do resgate que se efetua de um doente que mal consegue manter-se em pé, com a possível utilização de veículo apropriado para tanto, até aos portões de “Nosso Lar”.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 27 de fevereiro de 2017.