sexta-feira, 20 de agosto de 2021

 

Por Uma Questão

De Humanidade

 

Ninguém deve ser bom esperando por recompensa pelo seu gesto de bondade...

Por recompensa social...

Nem espiritual...

Mas, sim, por simples questão de humanidade...

Solidário como os animais são entre si...

Como a fonte é com o riacho...

E o riacho é com o rio...

Sem esperar ter as suas águas de volta...

Elas, naturalmente, chegarão... das nuvens...

Não é para ganhar o Céu

Que o homem deve procurar ser bom...

Ou, pelo menos, algo generoso com o próximo...

Mas, sim, para justificar a sua humanidade,

Ou o seu grau de humanização...

Não com propósito de ser iluminado...

Mas, pelo menos, para que

Às trevas do mundo, não acrescente mais treva...

Deve ser bom, porque o seu Pai é Bom

E a sua Mãe, a Natureza, também o é...

Deve ser bom pela bondade

De ser bom...

Como disse Francisco, o de Assis:

- Como é bom ser bom...

O homem deve ser bom, até por egoísmo,

Porque o outro é a metade de si...

E sendo bom para o outro

Estará, mesmo que não queira,

Sendo bom para ele mesmo...

Ser bom para sentir

Que o seu existir vale a pena,

Para retribuir o oxigênio que, de graça,

Aspira por suas narinas...

Para que o mundo seja melhor,

O homem deve ser bom,

Sem que necessite sê-lo totalmente...

Um pouco de bondade

É muita luz –

Já será muita bondade

Para quem ainda não descobriu

Que a maior recompensa de ser bom

Por fora,

Está na alegria de saber

O que é Bondade...

Por dentro!...

 

INÁCIO FERREIRA

 

Uberaba – MG, 20 de Agosto de 2021.

 

 

 

 

 

 

domingo, 15 de agosto de 2021

 

Lamentável

 

Lamentável que alguns companheiros espíritas, ou, pelo menos, que já o foram e continuam sendo apenas por conveniência social e/ou financeira, estejam, claramente, se desviando do Ideal que, um dia, abraçaram, ou por ele foram abraçados.

Acompanhando, à certa distância, a trajetória que se lhes complica na presente encarnação, concluímos que, infelizmente, eles foram alcançados pela pandemia de descrença, que o vírus da vaidade e do personalismo, da ambição e da autossuficiência, costuma disseminar entre os espíritos que não se vacinam adquirindo imunização através da virtude da humildade.

Fragilizados pela incoerência de suas próprias atitudes, ou contaminados pela fragilidade dos que haviam erigido por ídolos humanos de suas convicções, consentiram-se desmoronar moralmente, também sob a influência perniciosa dos espíritos que lhes tramaram a queda, e que, transfigurando-os em motivo de escândalo, pretendem fazer tropeçar os mais pequeninos, esquecidos da dura advertência do Mestre:

“Qualquer, porém, que fizer tropeçar a um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar.”

Colocando-se à frente do denominado Movimento Espírita, tais confrades, a pouco e pouco, estão, verdadeiramente, revelando a serviço do quê e de quem se colocam, ficando claro para quantos possuem olhos de ver e ouvidos de ouvir que a serviço da Causa é que não estão, e não permanecem.

Triste, pois, ver o suicídio espiritual que estão cometendo, engendrando estranhos sofismas para se justificarem em suas ambições pessoais, envolvendo, com as suas falácias e mentiras, irmãos e irmãs que ainda não conquistaram suficiente discernimento para separarem o joio do trigo.

Lamentável, posto que, inclusive, parecem que se esqueceram que logo, logo haverão de se haver, na Vida de Além-Túmulo, com as consequências de suas escolhas, diante da desencarnação que que, depressa, se avizinha para todos os que mourejam no corpo perecível.

Tremenda decepção consigo os aguarda a um passo, não mais que a um passo do lugar onde se encontram, e, então, sim, haverá choro e ranger de dentes, não importando a qualidade das lágrimas que derramem de seus olhos nem o número de incrustações a ouro que possam ter em sua boca...

Que o Senhor possa nos abençoar e nos proteger para que, igualmente, não venhamos a cair vítimas dessa pandemia que, na atualidade, vem assolando os que passaram a viver sob a hipnose das trevas, desnorteando aqueles que deveriam conduzir nos caminhos ao Mais Alto.

Digo-lhes que, neste sentido, a muitos que temos visto chegar da Terra, não há palavra que lhes pacifique a consciência culpada, rogando, muitos deles, a misericórdia de uma rápida volta ao corpo com o propósito de olvidarem o desastre em que transformaram a existência promissora.

No entanto, sem que, antes, possam ajuizar toda a extensão dos prejuízos que causaram ao Evangelho Redivivo, não lhes convém a reencarnação imediata, porque, infelizmente, a tendência que demonstram é a de prosseguirem sob a custódia dos espíritos que, no Espiritismo, vêm se opondo, de maneira sistemática, a Jesus Cristo.

 

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 15 de Agosto de 2021.