Impulsos Agressivos
O espírito humano, com raras exceções, ainda é dominado pelos impulsos agressivos, oriundos de seu primitivismo espiritual.
Quase todos os homens, e mulheres, se levados ao limite de sua capacidade de resistência – e ele é bem estreito! – reage com ferocidade.
Acontece dentro de casa...
Na via pública...
No ambiente de trabalho...
No templo religioso...
Até mesmo nos resorts...
Essa belicosidade do espírito faz com que ele seja truculento, insensível, quase desumano, desmentindo, na ação, a teoria de que pertença ao gênero humano, tendo, em definitivo, deixado a animalidade.
No recente conflito entre Israel e um grupo terrorista, vemos, de parte a parte, o descaso pela vida do próximo – dos civis de todas as idades que estão sendo vitimados.
Igualmente, na guerra entre Rússia e Ucrânia...
No que ainda está acontecendo na Síria, e do que a mídia terrestre parece já ter esquecido...
Na guerrilha urbana no Brasil...
O que há pouco houve no “Maracanã”, entre torcedores brasileiros e argentinos aparentemente civilizados...
Enfim, tudo o que vem ocorrendo na Terra, em termos de violência, revela que o ser humano, inclusive nós outros, os desencarnados, que também somos homens, não está longe da “linha” do primitivismo do qual se gaba de ter saído para a da civilização.
A verdade é que temos muito chão pela frente para que os princípios éticos e morais, mormente os preconizados por Jesus Cristo, façam da Terra um mundo melhor,
Crimes chocantes, quase todos os dias, ocorrem nas favelas e nos bairros abastados, demonstrando que o homem, se diferente na aparência, por dentro, saiba ou não saiba escrever, é absolutamente igual.
Cremos não haver exagero de nossa parte, observando, inclusive, o que sucede nos considerados “altos escalões”, envolvendo gente de todo naipe que consegue galgar o poder.
A questão é de base familiar sim, mas, principalmente, de base espiritual, nas conquistas adquiridas pelo espírito ao longo das vidas sucessivas.
Uma existência no corpo carnal é quase nada para que o espírito comece a compreender a necessidade de superar-se, concentrando esforços neste sentido.
No que tange à evolução, alguns séculos não passam de alguns dias, muita e muita vez, não convenientemente aproveitados pelo espírito no processo de autoeducação.
Continuemos, porém.
A fera humana, um dia, haverá de surgir domesticada pelo chicote da dor, falando o único idioma que todos parecem entender sem que tenham necessidade de ser alfabetizados.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 26 de Novembro de 2023.