Reencarnação Mais
Comum
Em sua atual conjuntura evolutiva, a reencarnação mais comum,
entre os espíritos, é a que acontece por ação mecânica da Lei, sem que, de tal
processo, em maioria, eles tenham alguma consciência.
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Pouquíssimos são os espíritos que sabem da necessidade de
reencarnar e, assim, concorram para a sua volta ao corpo, em nova romagem
terrestre.
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Grande parcela dos que, pela desencarnação, deixam o
envoltório físico, não conservam a sua lucidez deste Outro Lado da Vida, se
lhes constituindo em fato naturalíssimo viverem em quase completa conexão com
os encarnados como se encarnados continuassem a viver.
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Difícil que o espírito, mentalmente, consiga separar as “duas
realidades”, logrando, espacialmente, situar-se e movimentar-se em apenas uma
delas, consentindo que as duas coexistam, porém, sem se conflitarem...
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Observemos que, desde o surgimento do Homo Sapiens, cuja
idade a Ciência humana ainda não pode precisar, o espírito reencarna e
desencarna, com o homem, embora sob a milenar orientação de diversificadas
crenças religiosas, prosseguindo, em seu desenlace, com vaga noção do que seja
a vida além da morte.
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Assim como, algumas vezes, o homem, na Terra, pressente a
chegada de sua desencarnação, o espírito, na Dimensão Espiritual, pressente a
sua “morte”, ou a sua “segunda morte”, à semelhança de quem se submete ao
destino inevitável que desconhece.
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Mesmo os adeptos do Espiritismo, ante a conquista de relativo
despertar consciencial, esbarram, mentalmente, com sérias dificuldades para administrarem,
estando encarnados ou não, o chamado binômio espaço-tempo.
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Realmente, para a esmagadora maioria dos espíritos que
evolucionam vinculados à atmosfera psíquica do orbe, a Terra é o maior e quase
único ponto de referência de sua existência, daí o seu quase completo
cepticismo em torno da sobrevivência em outras Esferas, e, consequentemente,
das vidas que se sucedem.
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Certa vez, referindo-se, de leve, sobre tão complexo assunto,
o médium Chico Xavier afirmou que os que admitem a Reencarnação, sem maiores
entraves à sua aceitação, podem ser considerados “extraterrestres”, porquanto
experimentaram, em si mesmos, significativo “choque” da mudança de Plano
existencial, que se lhes ficou registrado no psiquismo...
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A tese da Reencarnação não é, pois, oriunda dos espíritos
propriamente terrestres, mas, sim, dos “capelinos” (extraterrestres) que a
conceberam na forma de “metempsicose”, crendo que, equivocadamente, o espírito,
retrogradando, pudesse reencarnar no corpo de um irracional.
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Lucidez no ato de desencarnar e/ou de reencarnar é conquista
valiosa, que faz com que o espírito avance com mais segurança nas sendas da
evolução.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 19 de Setembro de 2021.