COMO VOCÊ
INTERPRETA?! – XXVI
No capítulo 33 do livro “Nosso Lar”, André Luiz, basicamente,
aborda quatro assuntos importantes: as saudades que sentia da família
terrestre; o desdobramento – fornece notícias de dois espíritos encarnados que,
no instante do desprendimento pelo repouso do corpo físico, estavam visitando
“Nosso Lar”; a chegada da equipe de resgate denominada “Samaritanos”; e outra
vez, referência aos animais no Mundo Espiritual.
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Comentemos, inicialmente, a sua observação daqueles “dois vultos enormes” dos quais, segundo
ele, “dos pés e dos braços pendiam
filamentos estranhos, e da cabeça como que se escapava um longo fio de
singulares proporções.” Evidentemente, André está fazendo referências aos
laços perispirituais que unem o espírito ao corpo carnal. O “fio de singulares proporções” que ele
observa à altura da cabeça, é uma espécie de cordão umbilical, de natureza
elástica, que tão somente, se desprende em definitivo quando do fenômeno da
desencarnação.
No livro intitulado “Obreiros da Vida Eterna”, em seu
capítulo XIII – “Companheiro Libertado” –, narrando a desencarnação de Dimas, o
autor espiritual anota o que lhe disse Jerônimo: “Segundo você sabe, há três regiões orgânicas fundamentais que demandam
extremo cuidado nos serviços de liberação da alma: o centro vegetativo, ligado
ao ventre, como sede das manifestações fisiológicas; o centro emocional, zona
dos sentimentos e desejos sediados no tórax, e o centro mental, mais importante
por excelência, situado no cérebro.”
Os nossos irmãos internautas, certamente, haverão de pensar
não apenas no cordão umbilical que, constituído por duas artérias liga o feto à
placenta – quando o cordão umbilical é cortado, a criança, então, passa a
respirar com autonomia – é o maravilhoso fenômeno do nascimento! Pensarão,
igualmente, os nossos irmãos, naquele “cordão” que liga o astronauta à sua
nave, e, através do qual, ele recebe suprimento de oxigênio. Se o cordão que
liga o astronauta à nave espacial se romper, ele se perderá no espaço sideral.
(Semelhantemente, os mergulhadores de grande profundidade – a Organização
Internacional do Trabalho considera essa profissão a mais perigosa do mundo! –
quando deixam os submarinos, que lhes abrem as escotilhas, ao caminharam sobre
o piso dos oceanos, ou em suas proximidades, permanecem presos a eles por uma
espécie de “cordão”.) Analogias interessantes, para que os nossos irmãos
reflitam no chamado “cordão de prata”, dentro qual circulam energias de
natureza atômica que promovem a união entre espírito-perispírito-corpo!...
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Nos espíritos menos evolvidos, os laços perispirituais,
claro, se revelam mais grosseiros, e, portanto, menos elásticos, não permitindo
que o espírito se ausente do corpo para longas distâncias. O “cordão umbilical”
pode também, em sua existência, ser considerado subjetivamente, ou do ponto de
vista psicológico, nas “imantações” que o espírito, estando encarnado ou
desencarnado, experimenta, não logrando, na maioria das vezes, afastar-se muito
do local em que respira, como, por exemplo: família, casa, cidade, país, etc.
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Em alguns episódios de desdobramento, ou da “saída”
temporária do espírito do corpo físico, os filamentos perispirituais podem
reunir-se em um único, que lhes parece terminar à altura das pernas, dos
joelhos aos pés.
Quanto maior for a distância que o espírito, em estado de
projeção, esteja de seu corpo físico, mais adelgaçado o “cordão de prata” se
apresenta, podendo, quando assim esteja determinado que ocorra, romper-se em
definitivo.
Em “Obreiros da Vida Eterna”, em seu capítulo XIX – “A Serva
Fiel” –, falando sobre o desenlace de Adelaide Câmara, a nossa Aura Celeste,
mais uma vez, André Luiz registrou a palavra de Jerônimo, o Instrutor: “A cooperação de nosso plano é indispensável
no ato conclusivo da liberação; todavia, o serviço preliminar do desenlace no
plexo solar e mesmo no coração, pode, em vários casos, ser levado a efeito pelo
próprio interessado, quando este haja adquirido, durante a experiência
terrestre, o preciso treinamento com a vida espiritual mais elevada.”
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Não obstante, a fim de não nos estendermos em demasia, o que
André Luiz, no capítulo 33 de “Nosso Lar”, quis demonstrar é que, em
circunstâncias especiais, espíritos encarnados na Terra podem, perfeitamente, visitarem
outras Dimensões, porquanto, afinal, o espírito não se encontra “emparedado” no
corpo carnal.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 25 de setembro de 2017.