domingo, 10 de dezembro de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – XXXVII

O capítulo 40 de “Nosso Lar”, que tem por título “Quem Semeia Colherá”, nos traz ensinamentos profundos. André Luiz, valendo-se de sua própria experiência na jornada terrestre, conta-nos mais um pedaço de sua história de vida.
No capítulo 35 – “Encontro Singular” –, o autor nos fala a respeito de seu encontro com Silveira, que, em “Nosso Lar”, fazia parte dos “Samaritanos” – Silveira foi a primeira pessoa que ele teve oportunidade de reconhecer além da morte. Ao contrário do que muitos imaginam, nem sempre, os que deixam o corpo, têm oportunidade, de imediato, de estarem com os corações amados que os precederam na Grande Viagem.
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A segunda pessoa que André Luiz pode identificar no Mundo Espiritual, mais particularmente em “Nosso Lar”, a cidade que abrira as portas para recebê-lo, foi Elisa, uma jovem que havia trabalhado na casa de seus pais. Quando André conheceu Elisa, ele, igualmente, era muito jovem, e, emocionalmente, deixou-se envolver.
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Então, vejamos: Silveira e Elisa foram as duas pessoas que André, em seus primeiros tempos de desencarnado, logrou identificar no Mundo Espiritual. Ele que, na condição de médico, privara na Terra com muita gente, e que, com certeza, possuía numerosa família, não nos relata que tenha se deparado com nenhum de seus amigos ou familiares, e nem mesmo com uma fisionomia conhecida.
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Quantos ensinamentos, nas páginas luminosas de “Nosso Lar”! Quantas ilusões, que, na condição de encarnados, os homens cultivam por séculos e séculos, podem desfazer-se através de uma leitura atenta dessa obra! Aquela ideia tão restrita de família que se tem na Terra, amplia-se consideravelmente, ou pode ampliar-se para aqueles que já estão começando a compreender que, em qualquer parte do Universo, temos uma família! Soam aos nossos ouvidos, uma vez mais, as palavras do Divino Mestre: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?”...
Temos absoluta convicção de que os Espíritos Superiores que inspiraram André Luiz o orientaram no sentido de compor a obra “Nosso Lar” com base em suas experiências existenciais, sim, mas recorrendo a tonalidades um pouco mais fortes em sua realidade pessoal, porque, em verdade, André Luiz não é um espírito comum.
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Interessante ainda o que André nos relata, no início do capítulo em pauta, dizendo que não conseguia explicar a grande atração que ele estava sentido, ou que começara a sentir, por uma “visita ao departamento feminino das Câmaras de Retificação”.
Notemos quanto somos “atraídos”, aparentemente sem explicação, pelos nossos compromissos cármicos. “Nosso Lar”, à época, era uma cidade que contava com mais de um milhão de habitantes, e, contudo, André, de repente, se viu diante de Silveira e de Elisa.
Os nossos desafetos, tanto quanto os nossos afetos, parecem, muitas vezes, surgirem do nada – quando menos esperamos, ao dobrarmos uma esquina, damos de cara com o carma!...
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Quando os pais de André perceberam o seu envolvimento com Elisa, despediram a jovem, que, a partir daí – Elisa dizia a André que, antes de conhecê-lo, já vivenciara certas aventuras, portanto ele não era o primeiro a envolver-se com ela –,  entregou-se a experiências mais “dolorosas”, até que, contraindo sífilis, veio a desencarnar no abandono e completamente cega.
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No próximo post desejamos efetuar outra interessante abordagem que este capítulo nos enseja à reflexão.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 11 de dezembro de 2017.