Ataques à Allan Kardec e Chico Xavier
Os ataques à Allan Kardec e Chico Xavier, e, consequentemente, ao Espiritismo, tiveram início antes mesmo que a Codificação estivesse concluída, e, por incrível pareça, partiam mais dos que se diziam adeptos espíritas dos que não o eram.
Apenas para recordarmos a ação das trevas contra a Doutrina, listemos alguns dos ataques que foram e continuam sendo dirigidos, historicamente, aos seus maiores expoentes.
· Oposição sistemática do clero contra o Espiritismo – “Auto de Fé”, em Barcelona, 9 de Outubro de 1861.
· Dissensões na “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, inclusive com prejuízos à saúde de Allan Kardec. (“Obras Póstumas”)
· Acusações a Kardec por suposto enriquecimento ilícito com a venda de suas Obras. (“Revista Espírita”)
· Para escrever e trazer a lume “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Kardec teve que se isolar na casa de campo de Sainte-Adresse.
· Surgimento da “Revelação da Revelação”, ou dos “Quatro Evangelhos”, de Jean-Baptiste Roustaing, em 1866,
· Apropriação indébita de seus espólios por um suposto amigo de nome Pierre-Gaëtan Leymarie.
· Adulteração no livro “A Gênese”, publicado em 1868, promovida pelo mesmo Leymarie, que, segundo Chico Xavier, foi o “coveiro do Espiritismo” em França.
· Fraude das Fotografias “Espíritas”, que, em 1875, é causa de rumoroso processo contra os espíritas.
· Maus tratos sofridos por Chico Xavier, dos 5 aos 7 de idade, por parte de uma sua madrinha, com clara tentativa de lesá--lo física e psicologicamente.
· Por imposição da “Federação Espírita Brasileira”, através de seu Departamento Editorial, inclusão de trechos apócrifos na obra “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, editado em 1938.
· Processo judicial da família de Humberto de Campos, em 1944, contra Chico Xavier e a FEB.
· Em 1958, escândalo provocado por um sobrinho de Chico, Amauri Xavier Pena, que o acusa de mistificador, tendo, posteriormente, desencarnado vítima de alcoolismo.
· 1962, plágio de páginas mediúnicas da lavra de Chico por conhecido médium brasileiro.
· Em 1964, ataques da revista “O Cruzeiro”, devido aos experimentos de materialização coordenados por Waldo Vieira e uma equipe de médicos.
· Ainda em 1964, rompimento definitivo com a “Federação Espírita Brasileira”, quando, então, seu presidente era Antônio Wantuil de Freitas.
· Em 1966, traição de seu parceiro mediúnico Waldo Vieira, que o abandona, inclusive levando consigo as economias destinadas às obras assistenciais da CEC. (Depoimento de Dalva Rodrigues Borges, à época, presidente da “Comunhão Espírita Cristã”, de Uberaba).
· Em 1975, Chico deixa a “Comunhão Espírita Cristã”, devido alegando problemas de saúde, fundando o “Grupo Espírita da Prece”, onde permanece até o seu desenlace.
· Adulteração em Obras Mediúnicas da lavra de Chico Xavier, com direitos autorais cedidos à “Federação Espírita Brasileira”, que se intensificou a partir de 2002 com a desencarnação do Médium.
· Nas décadas de 60 e 70, o elitismo no Movimento Espírita ganha força com a realização de Congressos pagos, que, infelizmente, persistem até hoje.
· Nos tempos atuais, recrudescimento dos feitos de Leymarie, com espíritas e médiuns debandando a fim de se transformarem em terapeutas holísticos.
· Espíritas que se consideram “donos” de Centros Espíritas cerrando as suas portas durante a pandemia do Coronavírus, com muitos não tendo voltado à normalidade até hoje.
· Ataques cruéis à memória de Chico Xavier rotulando-o de espírito feminino, e colocando em questão as Obras Mediúnicas advindas por seu intermédio.
· Após a desencarnação de Chico, venda do “Abacateiro” e do “Grupo Espírita da Prece”, sendo que o “Abacateiro”, ponto histórico para o Espiritismo no Brasil e no mundo não mais existe.
· Combate à reencarnação de Allan Kardec como Chico Xavier, para que a sua extraordinária Obra não seja considerada como Desdobramento Natural da Codificação.
· Espíritas que se dizem “à esquerda”, publicando alguns dos Livros Básicos com versão política.
· Acusações atuais contra Allan Kardec, rotulando-o de “racista”, com o claro propósito de desmoralizar a Doutrina.
· Mentiras que pululam na Internet atribuindo a Chico palavras que ele nunca disse e que não se encontram registradas em nenhum de seus livros psicografados, em entrevistas e biografias.
Enfim, à extensa lista poderá, sem dúvida, ser acrescentada outros transtornos engendrados pelas Trevas, que, servindo-se de instrumentos encarnados, não desistem da vã tentativa de comprometer a Doutrina e impedir o seu avanço.
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 30 de Junho de 2024. (*)
(*) 22 anos da desencarnação de Chico Xavier.