COMO VOCÊ INTERPRETA
– XX
No capítulo 28, de “Nosso Lar”, ainda colhemos precioso
apontamento em torno da questão do tempo, ou do fuso horário, além da morte,
nas Esferas mais próximas da Crosta. Você, porventura, já teria tido
oportunidade de pensar em semelhante questão?!
Ao despedir-se de André Luiz, que, junto a Narcisa, havia se
oferecido para dar plantão à noite, nas “Câmaras de Retificação”, Tobias lhes
diz: “Desejo a vocês muita paz de Jesus,
boa noite e serviço útil. Amanhã, às oito horas (grifamos), você poderá descansar. O máximo de
trabalho, cada dia, é de doze horas, mas estamos em circunstâncias especiais.”
Desta simples frase, você, amigo (a) internauta, poderá tirar muitas deduções,
como, por exemplo, em “Nosso Lar”, cidade situada no “Umbral Fino”, o dia ser,
igualmente, de vinte e quatro horas. Concorda?! Se não concordar, é simples:
propõe uma teoria! Não faça como os críticos estéreis que se limitam a
discordar e... pronto! – imaginam estar prestando um grande serviço à Doutrina!
Eu não vou fazer isso, mas quase que os chamo de teólogos “dermatologistas”!
Não, eu não posso fazer isso, e, como não posso fazer isso, por clara ofensa
aos meus colegas “dermatologistas”, chamá-los-ei apenas e tão somente de rasos
de entendimento. – Um espírito de elevada
estirpe, igual do Dr. Inácio Ferreira, servindo-se de uma linguagem tão
provocativa?! – eis que os imagino dizendo. Agradeço-lhes a consideração ao
meu nome, mas, principalmente agora, desencarnado, eu me sinto muito longe de
tal condição espiritual.
Ainda nos interessando a questão do tempo no Planeta
Espiritual, que “abraça” a Crosta, Narcisa, dedicada enfermeira, esclarece a
André: “... permaneço nas ‘Câmaras de
Retificação’, em serviço ativo, há seis anos e alguns meses; entretanto, ainda
me faltam mais de três anos para realizar meus desejos.” Outra lógica
constatação: no Umbral, seja Grosso ou Fino, o ano é de doze meses! Será que o
correr no tempo, no Planeta Espiritual, também não faz com que as coisas
envelheçam?! O que vocês acham?! Não é dedução plausível?! Ora, André Luiz, no
primeiro parágrafo do primeiro capítulo da Obra em análise, escreve: “Eu guardava a impressão de haver perdido a
ideia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito.” Tratava-se,
evidentemente, de mera impressão, ou de fenômeno mental imediato que acomete o
espírito em seu desenlace do corpo. Assemelha-se, em muitos casos, a alguém
que, ao sair de um estado comatoso, necessita ser informado a respeito do
quadro da existência física para a qual volta a despertar. Digamos que, em
muitos desenlaces do corpo, o espírito pode ser acometido por transitório
processo de Alzheimer...
Mas, gostaríamos de insistir, perguntando: se o tempo
continua a passar na Dimensão Espiritual, a criança que lá se encontra
domiciliada pode crescer, o jovem pode envelhecer e o idoso, “morrer”?! Eu
perguntei primeiro – portanto, vocês é que devem responder. Estou, contudo,
muito interessado nas respostas dos ortodoxos. Será que me dariam a honra dessa
contradança doutrinária?!...
Narcisa, continuando a dialogar com André Luiz, elucida ao
ilustre cientista, Dr. Carlos Chagas, que a Ministra Veneranda, a fim de lhe
dispensar determinado endosso à futura existência na Terra, “exigiu-lhe” “dez anos consecutivos” de trabalho nas
“Câmaras”! Não foi um pedido, ou um aconselhamento, mas, sim, uma exigência!
Narcisa afirmou que, no primeiro instante, quis recusar, mas, depois,
reconheceu que a Ministra estava com a razão. Claro que estava com a razão,
pois determinadas concessões a quem não sabe o que fazer com elas é
extremamente contraproducente, e, em vez de ser um benefício, podem ser
prejudiciais àqueles que as recebem, pelo natural agravamento da
responsabilidade.
Em nosso próximo post analisaremos o capítulo 29 – “A Visão
de Francisco”, porque, agora, Narcisa estava sendo chamada ao “aparelho de comunicações urbanas”! – “Aparelho de comunicações urbanas”?!
Podemos, então, pensar em “aparelho de comunicações interurbanas” no Além?! Que
acham?! Que espíritos atrasados, que não conseguiam se comunicar pela
telepatia?! Ora, que coisa! Vocês não acham, queridos (as) amigos (as)?!
Espírito saiu do corpo que seja já tem que sair volitando e “telepatando”, ou
não?!...
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 7 de agosto de 2017.