segunda-feira, 8 de maio de 2017

CHICO XAVIER, MÉDIUM E PROFETA

“Atribui-se comumente aos profetas o dom de adivinhar o futuro, de sorte que as palavras profecia e predição se tornaram sinônimas. No sentido evangélico, o vocábulo profeta tem mais extensa significação. Diz-se de todo enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual.” – De “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XXI.

Chico Xavier, sem dúvida, além de ter sido extraordinário medianeiro, intercambiando do Mais Além para a Terra, inúmeras revelações em torno da Vida Espiritual, também possuía o dom de predizer o futuro.
Na condição de médium, Chico se fazia intérprete da palavra dos Imortais, porém, na de profeta, ele transmitia instruções pertinentes ao seu próprio espírito, em sua grande capacidade psíquica.
Como médium – digamos assim –, ele intermediava o saber alheio, mas, como profeta, expressava o seu próprio saber. A faculdade de profetizar é mais de natureza anímica que mediúnica.
*
No livro intitulado “Chico Xavier, o Santo de Nossos Dias”, de R. A. Ranieri, autor que, durante algum tempo, na cidade de Pedro Leopoldo, conviveu com Chico Xavier, encontramos um capítulo intitulado “As Grandes Reencarnações”.
Após tecer comentário em torno da reencarnação de grandes espíritos, que se daria na Terra a partir da década de 80, a fim de impulsionar o progresso da Humanidade, Ranieri escreveu:
Ainda pensávamos nisso. Chico ria para todos naquela sua alegria espiritual de sempre, quando de súbito, alguém voltou a falar em limitações de filhos. Parece que uma mulher.
- Olha Chico, dizia ela, você não acha que a mulher sofre muito para ter filhos?
- Sofre, minha irmã, no entanto, quando o filho nasce, ela esquece tudo. Só tem olhos e sorrisos para ele. Há uma grande compensação.
Disse outro:
- E essa notícia de que estão desenvolvendo o ser humano no laboratório? Eles conseguirão alguma coisa?
Chico ficou sério e confirmou:
- Olha gente, a Ciência vai desenvolver o ser humano no laboratório. Eles (os cientistas) vão fabricar um enorme útero no laboratório e aí dentro vão gerar o ser. Levarão talvez de duzentos a quatrocentos anos até conseguirem realizar. Mas vão realizar. Aí libertarão a mulher do parto.
E tem outra coisa. Nesse útero, os espíritos vão reencarnar, tudo direitinho, sem problema. Esse fato não vai alterar coisa alguma, a ciência vai conseguir isso. Ora, o avanço da Ciência é obra da Espiritualidade através dos missionários. (grifamos)
*
Pois bem. A referida profecia de Chico Xavier, em torno de um útero artificial, foi feita na segunda metade da década de 50, portanto há cerca de 60 anos atrás!
Recentemente, o jornal “A Folha de São Paulo”, do dia 25 de abril, publicou auspiciosa notícia com a seguinte manchete:
“Cientistas desenvolvem útero artificial para ajudar bebês prematuros.”
A iniciativa partiu de cientistas nos Estados Unidos que “desenvolveram um útero artificial a partir de uma bolsa preenchida por fluido, conhecida como um suporte extrauterino. O dispositivo pode transformar o tratamento de bebês que nascem extremamente prematuros, aumentando significativamente as chances de sobrevivência.”
A reportagem completa poderá ser acessada através da Internet.

*
Agora, evidentemente, com a palavra os “teólogos espíritas” que julgam tudo saber sobre o processo reencarnatório, baseando-se exclusivamente nos pioneiros apontamentos de Allan Kardec – permaneceremos na expectativa que eles venham explicar como se dará a reencarnação através de um útero artificial, que, ao que nos parece, apenas não demorará tanto tempo a ocorrer quanto foi predito pelo Chico.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 8 de maio de 2017.








segunda-feira, 1 de maio de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – VIII
 
Sem desejar ser repetitivo, no capítulo 18 – “Amor, Alimento das Almas” –, de “Nosso Lar”, André Luiz informa que foi convidado à mesa por Dona Laura, que lhes serviu um “caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos”.
Perguntas sobre o texto acima: os alimentos que os homens ingerem na Terra podem, igualmente, ser considerados “concentrados de fluidos”?! O que, por exemplo, é um prato de arroz com feijão, ou um prato de sopa de legumes, por exemplo?!
 
Noutro parágrafo, do mesmo capítulo, André transcreve uma informação de Lísias: “De quando a quando, recebemos em ‘Nosso Lar’ grandes comissões de instrutores, que ministram ensinamentos relativos à nutrição espiritual.”
Pergunta sobre o texto acima: atualmente, na Terra, não vem acontecendo o mesmo, com um número cada vez maior de vegetarianos, ou, ainda, de pessoas têm procurado se alimentar com o mínimo, praticamente ingerindo mais alimento líquido do que sólido?! Gandhi, ao que estamos informados, nos últimos anos de sua vida, alimentava-se apenas de poucas frutas e o leite cru de uma cabra...
 
Meditemos neste maravilhoso texto, anotado por André Luiz no capítulo já mencionado: “O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal – patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo – constituem sólidos alimentos para a vida em si.”
Pergunta: concorda que, à medida que o espírito evolve, a sua nutrição vai passando a ser, basicamente, espiritual, e que, um dia, de fato, alimentar-se-á, exclusivamente, de amor?!
 
No último parágrafo do capítulo 18, Dona Laura, referindo-se à excursão de Lísias, e de seus amigos, ao “Campo da Música”, elucida: “Vão em busca do alimento a que nos referíamos. Os laços afetivos, aqui, são mais belos e mais fortes. O amor, meu amigo, é o pão divino das almas,  o pábulo sublime dos corações.”
Perguntas: Lísias que, inclusive, buscava ir ao encontro de Lascínia, sua noiva, com a qual pretendia se casar em “Nosso Lar”, estava indo, com os amigos, ao “Campo da Música”, apenas para entretenimento, ou também para namorar?! Os espíritos enamorados podem se abraçar, acariciar, beijar e unir-se em matrimônio?! E, no caso de se unirem em matrimônio, como Lísias com Lascínia, podem constituir família no considerado Mundo Espiritual?!
 
No capítulo 19 – “A Jovem Desencarnada” –, ao referir-se à neta desencarnada, Dona Laura informa a André que ela permanecera no chamado “Umbral” por quinze dias – quinze dias apenas! Ora, André Luiz permanecera por lá por mais de oito anos... Esse tempo de permanência no “Umbral”, de um e outro, significa que a neta de Dona Laura fosse mais evoluída que André?! Como você explica essa situação?! Você concorda que o “Umbral” começa à sua volta, sobre a face mesma da Terra, e que, sendo assim, muitos espíritos, em deixando o corpo, permanecem mais ou menos inconscientes de sua nova condição?! Concorda em que muitos espíritos desencarnam e tornam a reencarnar sem sequer se darem conta do duplo fenômeno que os acometem?!...
 
INÁCIO FERREIRA
 
Uberaba – MG, 1º de maio de 2017.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

VERDADES QUE, TALVEZ, VOCÊ IGNORE SOBRE O PERISPÍRITO, OU CORPO ESPIRITUAL (*)

Ele cresce e envelhece.
Ele se desgasta e morre.
Ele está sujeito a aperfeiçoamento.
Ele sente sede, fome e frio.
Ele precisa dormir.
Ele sente dor.
Ele se reproduz.
Ele possui genitália.
Ele é constituído por órgãos.
Ele se submete a cirurgias.
Ele é corpo material.
Ele tem peso específico.
Ele se sujeita à Lei da Gravidade.
Ele necessita cobrir-se em sua nudez.
Ele é grosseira exteriorização de corpos mais sutis.
Ele expressa os traços característicos dessa ou daquela raça.
Ele confere identidade ao espírito.
Ele pode apresentar mutilações.
Ele possui genética.
Ele, como o corpo carnal, é química.
Ele nem sempre pode volitar.
Ele nem sempre pode se transfigurar.
Ele não é sobrenatural, nem mágico.
Ele ainda é humano.
Ele é assim em diferentes Dimensões Espirituais.
Ele apenas se sutiliza com a evolução do espírito.
Ele pode ser autoexterminado.
Ele modela o corpo físico, que é a sua expressão externa.
Ele pode ser tratado e curado na reencarnação.
Ele, ainda, sofre repercussões de tudo o que acontece ao corpo físico.
Ele é sempre medianeiro entre o mundo exterior e o mundo interior.
Ele está presente em todas as espécies – do reino mineral ao animal.
Ele, na Parábola contada por Jesus, é a “veste nupcial” para o banquete das Bodas do Filho do Rei.
Ele, etc...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 24 de Abril de 2017.

(*) É só estudar um pouco mais.





segunda-feira, 17 de abril de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – VII

Dando sequência aos nossos estudos, no capítulo 17, do livro “Nosso Lar”, conhecendo a casa de Lísias, o autor espiritual da obra descreve: “Ambiente simples e acolhedor. Móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral, demonstrando pequeninas variantes. Quadros de sublime significação espiritual, um piano de notáveis proporções, descansando sobre ele grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas.”
Você, estimado (a) internauta, seria capaz de nos auxiliar a responder as questões propostas abaixo:
a)    De que material seriam feitos os móveis existentes na casa de Lísias?! Você admite que possam, à época em que foram construídos, terem sido feitos de madeira?!
b)    Os quadros, ou as telas, que enfeitavam as paredes da casa, eram originais, concebidos por artistas do Mundo Espiritual?!
c)     E o piano?! O que você poderia nos dizer a respeito?! Porventura, tratar-se-ia de um piano “desencarnado”, ou fabricado mesmo no Mais Além?!
d)    E a harpa?! O que você tem a dizer sobre ela?! A presença de um piano e de uma harpa pode nos levar a pensar na existência de músicos e compositores no Mundo Espiritual, que lá mesmo tiveram oportunidade de estudar e aprender a tocar os referidos instrumentos?!

Em seguida, no mesmo capítulo 17, André escreve em certo parágrafo: “... Iolanda exibiu-me livros maravilhosos.” Que livros seriam tais?! Escritos na Terra, por autores encarnados, ou escritos lá, em “Nosso Lar”, igualmente nos induzindo a pensar na existência de todo um trabalho de editoração dos referidos volumes?! Escrevem-se livros no Mais Além?! Ou toda a cultura que possa existir no Mundo Espiritual é procedente da cultura do Mundo Material?!...

Ainda em visita à casa de Lísias, André Luiz conta que se demorou na “Sala de Banho, cujas instalações interessantes me maravilharam. Tudo simples, mas confortável” Se você puder, e estiver interessado, por favor, tente responder conosco:
a)    “Nosso Lar” é uma cidade fundada por “distintos portugueses” desencarnados – em Portugal, “Casa de Banho”, ou “Sala de Banho”, é sinônimo de Banheiro, Lavabo, etc. Qual seria a utilidade prática de um Banheiro na casa de um espírito desencarnado?!
b)    Você admite que o corpo espiritual, ou perispírito, ainda tendo que se alimentar, tem, igualmente, necessidade de excretar resíduos, recorrendo, por exemplo, a um vaso sanitário?!
c)     Em consequência, como recomenda os princípios da boa higiene, teria que lavar as mãos, e até outras partes consideradas “menos nobres” do corpo? Eu, particularmente, quando não encontro uma ducha higiênica num banheiro – apetrecho tão simples e tão barato – acho um absurdo.
d)    O perispírito precisa ser banhar, ou seja: o espírito, nas Dimensões Espirituais mais próximas ao orbe, ainda carece de tomar banho, para lavar o seu corpo?! Tomar “banho na soda”, eu ainda continuo mandando muita gente, encarnada e desencarnada, mas eu quero saber é na água?!
e)    Se o espírito toma banho, a fim de higienizar o perispírito, convém concluir que ele transpira, suja-se na execução de determinados trabalhos que o colocam em contato com alguma espécie de poeira?!
Na semana que vem, voltaremos a incomodar. Por hora, o nosso fraternal abraço, lembrando a você que o espírita não deve engolir “comida” que os outros mastigam – ele deve mastigar e engolir a sua própria “comida”.
Abraços.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 17 de abril de 2017.






segunda-feira, 10 de abril de 2017

“ESPÍRITAS MATERIALISTAS”

- Doutor, por favor... – chamou-me um irmão de Doutrina, que reencontrei caminhando pelo centro da cidade, ou seja, da Uberaba que, presentemente, habito além da morte. – O senhor poderia me conceder um minuto de sua atenção?! Sei que o senhor é um homem muito ocupado...
- Pois não, meu amigo – anui, detendo o passo. – Podemos, sim, falar um pouco... Tenho um compromisso, mas sei que você não tomará muito o meu tempo, como também eu me preocupo em não tomar o seu.
- Doutor, eu sei que o senhor escreve para a Terra...
- Tenho postado, sim, alguns rabiscos numa “agência dos correios” entre as Duas Vidas... Tive a felicidade de conhecer um “carteiro” de boa vontade e...
- Então, Doutor, eu quero lhe pedir... O senhor precisa escrever um alerta fraterno a alguns companheiros espíritas, que, a meu ver, estão perdendo a fé!...
- Mas como – perguntei –, se a nossa fé é raciocinada... A fé, quando verdadeiramente fruto da razão, é algo que não se perde, mas, ao contrário, acha-se cada vez mais! Em que sentindo você está dizendo que alguns confrades estão perdendo a fé?!...
- Perdendo a fé, Doutor, em si mesmos! – respondeu ele, visivelmente acabrunhado.
- Em si mesmos?! – indaguei, solicitando confirmação.
- Sim, Doutor! Estão colocando os pés pelas mãos... Começaram bem – muitos deles tiveram um início extremamente promissor, mas agora, infelizmente...
- O que está acontecendo?!...
- Estão trabalhando em causa própria, promovendo-se em sua própria vaidade e personalismo...
Fez pequeno intervalo e voltou a falar:
- Estão completamente desacreditados da Lei de Causa e Efeito, apenas e tão somente pensando em aparecer e ganhar...,
- Ganhar o quê?! – insisti.
- Ora, ganhar dinheiro, Doutor?! Dinheiro e prestígio pessoal... Alguns deles estão chegando a se anunciar como grandes missionários reencarnados...
- Talvez sejam... Quem sabe?! Realmente, existe muito missionário falido na Terra – de mamando a caducando, eu conheço um monte!...
- Eu sei que o senhor sabe do que estou falando – considerou o interlocutor com acerto. – Doutor, esses nossos irmãos, inclusive alguns que se dizem médiuns, não acreditam mais na mediunidade – eles estão agindo como uma nova modalidade de descrentes: espíritas materialistas!...
- Meu caro, você está coberto de razão – considerei. – De há muito, eu também sei disso... Estão transformando o Espiritismo em empresa, ou, em outras palavras, em negócio extremamente lucrativo. Mas...
- Mas o quê, Doutor?!...
- A desencarnação está aí para todo mundo... Você sabe: largar a carcaça e encarar a realidade?! Querer voltar atrás sem poder?! Arrepender-se amargamente e dar-se ao esforço do recomeço, esperando que uma nova oportunidade apareça?!...
- Não, Doutor, não fala nisso, não, porque é a coisa mais dura que tem – eu sei, porque eu também cometi certos erros, e agora não sei quando terei oportunidade de repará-los...
- Então, não fica assim, não! – falei, dando a conversa por encerrada. – O seu propósito em relação aos nossos confrades e confreiras que se encontram encarnados é o melhor, mas, como você mesmo disse, se eles são espíritas materialistas, eles não irão acreditar em mim... A desencarnação, a qualquer hora do dia ou da noite, repito, está aí para todo mundo, e, antes dela, a queda no profundo abismo da desilusão, onde haverá pranto e ranger de dentes!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 10 de abril de 2017.






segunda-feira, 3 de abril de 2017

NEM NOS TEMPLOS, NEM NOS MONTES
 
“Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-me, que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai.” – João, 4:21
 
Estou convicto de que chegará o tempo em que Deus, realmente, será adorado em espírito e verdade.
Não mais necessitaremos de religiões para tanto.
Não mais construções de natureza material.
Não mais qualquer tipo de sacerdócio organizado.
Não mais hierarquia e formalidade.
Não mais patrulhamento ideológico.
Não mais ortodoxia.
Não mais fanatismo.
Não mais adeptos dessa ou daquela crença.
Não mais propósito de unificação de ideias.
Não mais perseguição declarada ou sob disfarce.
Não mais cruzadas e inquisições.
Não mais poder espiritual em disputa.
Não mais vendilhões nos templos.
Não mais preconceito na fé.
Não mais exploração da ingenuidade.
Não mais falsos cristos e profetas.
Não mais imagens ou símbolos.
Não mais velas e incensos.
Não mais bandeiras hasteadas.
Não mais vaidade e personalismo.
Não mais Inferno, nem Céu.
Não mais povos eleitos.
Não mais supostos privilégios concedidos.
Não mais personalismo.
Não mais vaidade nas pregações.
Não mais idólatras e idolatrados.
Não mais judeus e samaritanos, hindus e muçulmanos, católicos e protestantes, espíritas e umbandistas. 
Não mais templos e sinagogas, igrejas e terreiros.
Não mais nenhum “ismo”.
Não mais disputas pela primazia da Verdade.
Somente FÉ e RAZÃO, e acima delas, o AMOR, em qualquer canto da Terra, sob a cúpula, estrelada ou ensolarada, do firmamento.
 
INÁCIO FERREIRA
 
Uberaba – MG, 3 de abril de 2017.  

segunda-feira, 27 de março de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – VI

No capítulo 15 do livro “Nosso Lar”, André Luiz recebe a visita de sua mãe que se encontrava habitando uma Dimensão Superior. Você seria capaz de dizer como ela o visita?! Estaria ela materializada?! Concorda que, talvez, materializada, fosse ela um “agênere”, em “Nosso Lar”?! Ou, quem sabe, ela se tenha feito visível apenas à clarividência de André Luiz?!

No caso de a mãe de André Luiz ter se apresentado a ele materializada, você concorda que, no Mundo, ou Planeta, Espiritual, os espíritos que lá residem vivem rodeados de espíritos que também não conseguem enxergar em condições normais?!

No capítulo 16, intitulado “Confidências”, a mãe de André Luiz diz a ele que o seu pai, Laerte, há doze anos, se encontrava “numa zona de trevas compactas do Umbral”. Ora, se André Luiz, igualmente, demorou-se na chamada região umbralina, por que ele não teria logrado encontrar o seu pai por lá?! Tudo indica que ambos estiveram no Umbral, um ao mesmo tempo em que o outro – André Luiz por quase nove anos, e seu pai, por doze! De novo: por que André Luiz não esteve com o seu pai no Umbral?!...

Como se bastasse, a mãe de André Luiz informa a ele que as suas duas irmãs, Clara e Priscila, também desencarnadas, viviam no Umbral, “agarradas à crosta da Terra”. Por que nem elas duas se avistavam com o pai que ainda permanecia no Umbral?! Você concorda em que o Umbral, igualmente, se divide em Subdimensões, como, por exemplo, a Terra em diferentes países e regiões, algumas habitáveis e outras inóspitas?!

Ao despedir-se de André, que tenta acompanhá-la, a sua mãezinha lhe diz: “Não venhas, meu filho. Esperam-me com urgência no Ministério da Comunicação, onde serei munida de recursos fluídicos para a jornada de regresso, nos gabinetes transformatórios.” Você teria ideia do que ela quis dizer?! Que “recursos fluídicos” seriam esses?! Concorda em que nos “gabinetes transformatórios” o seu processo de materialização iria desfazer-se?!...

No capítulo 17, “Em Casa de Lísias”, André que, em “Nosso Lar”, não tinha onde morar, com Clarêncio dizendo-lhe que, talvez, viesse albergá-lo em alguma Instituição, recebeu de Lísias convite para morar em sua casa, onde a sua mãe teria muita alegria em recebê-lo... Você concorda que a situação de André Luiz, no Mundo Espiritual, possa ser comparada à de um imigrante, ou de um refugiado, na atualidade da Terra, onde existe cerca de sessenta milhões de refugiados, inclusive crianças e adolescentes?! Concorda em que, um dia, com a desencarnação, todos os homens haverão de ser imigrantes no Mundo Espiritual, de vez que, na condição de espíritos errantes, ou filhos pródigos, todos estamos viajando de volta à Casa Paterna?!...

André Luiz ao chegar com Lísias à sua casa, observa que o amigo faz acionar a campainha para que a porta da residência lhe seja aberta... Ora, por que ele simplesmente não atravessou a parede da casa?! Espírito atravessa paredes no Mundo Espiritual que habita, ou apenas consegue fazê-lo nas Dimensões de matéria com diferente frequência vibratória da que constitui o seu corpo espiritual, ou perispírito?!...

Cremos que por esta semana já possuímos, acima, suficiente material para as nossas reflexões, não?!

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 27 de março de 2017.















segunda-feira, 20 de março de 2017

SOMOS TODOS REFUGIADOS/IMIGRANTES

Ante a polêmica internacional a respeito dos refugiados/imigrantes, suscitada, ultimamente, pelo recém-Presidente eleito do EEUU, uma pergunta nos surge espontaneamente: - Sobre a Terra, quem, de certa maneira, não pode ser considerado na condição de um refugiado/imigrante?!
A quem, originalmente, pertencia os diversos países, a não ser aos nativos, que foram, sucessivamente, espoliados pelos invasores?!
Desde que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso, todos os homens são refugiados/imigrantes na Terra.
Sob a ótica da Doutrina Espírita, à semelhança do que conta Jesus na Parábola do Filho Pródigo, todos somos espíritos errantes, na tentativa de retornar à Casa Paterna.
Vejamos a Sabedoria de Deus, na Lei da Reencarnação: a rigor, quem pertencerá a esse ou àquele planeta, país, raça, sexo, cultura, etc?! Periodicamente, no corpo ou fora dele, não vivemos na condição de refugiados/imigrantes, a fim de que aprendamos o amor universal?!...
Neste sentido, no livro “Nosso Lar”, com a sua própria experiência de espírito desencarnado, André Luiz, igualmente, nos transmite extraordinária lição.
Em “Nosso Lar”, o grande cientista, era também um estrangeiro, não dispondo sequer de uma casa para morar.
Além da morte do corpo carnal, não se deparou ele, de imediato, com nenhum de seus familiares, ou mesmo de amigos mais chegados que se dispusessem a acolhê-lo.
Por caridade, ou seja, pelo exercício da legítima fraternidade, que nos ensina que todos somos membros da mesma família humana, é que André foi convidado a morar na casa de Dona Laura, mãe de Lísias, que ele conhecera no hospital, onde, na condição de indigente, estava sendo tratado.
Vocês se recordam da beleza dessa magnífica lição?!
Um dia, com certeza, todos os homens se verão assim, do Outro Lado da Vida, à mercê da generosidade alheia.
Não é exatamente assim que nos vemos, quando a reencarnação nos encaminha de volta a Terra, totalmente indefesos, na completa dependência de quem, inclusive, nos dê alimento na boca para que possamos sobreviver?!
A discussão política em torno da questão social dos refugiados/imigrantes sinaliza o quanto ainda há de preconceito no espírito do homem, e o quanto ele ainda está distante do “amai-vos uns aos outros”.
Quando fugia da fúria de Herodes, a fim de não ser morto, não foi o Cristo um exilado em terras do Egito?!
Durante mais de quatro séculos, o povo judeu morou no Egito dos faraós, e hoje, sistematicamente, nega um pedaço de terra aos palestinos, que são seus irmãos.
Até hoje, ao que nos parece, Sara não conseguiu relevar a falta cometida por Abraão, por ele ter tido um filho com Agar, a escrava, não reconhecendo que Ismael e Isaque são irmãos.
Ao que nos parece, até que a lição, que a Lei Divina está proporcionando à Humanidade com a questão refugiados/imigrantes, possa ser assimilada, haverá para ela muito pranto e ranger de dentes.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 20 de março de 2017.












segunda-feira, 13 de março de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – V

Estudemos um pouco mais, procurando refletir sobre outras informações que André Luiz nos transmite nesta obra, sem dúvida, revolucionária, a respeito da Vida no Mundo Espiritual – obra que, infelizmente, até hoje, muitos espíritas tomam por ficção.

No capítulo 10 – “No Bosque das Águas” –, André ouve referências de Lísias à existência de “grandes oficinas de serviço de Trânsito e Transporte”, em “Nosso Lar”.
O que você acha?! Qual a necessidade de semelhante serviço numa cidade além da morte?! Além do conhecido “aeróbus”, você admite que outros veículos transitassem (e transitem) pelas ruas e avenidas de “Nosso Lar”?! Tal medida seria, por exemplo, para evitar que algum acidente acontecesse, quiçá, de ordem fatal para pedestres e condutores de veículos?!...

No mesmo capítulo 10, André Luiz nos fala da existência do “Rio Azul”... O que você acha?! Será, de fato, um rio, com água e tudo?! Quer dizer, inclusive, com vegetação aquática e peixes?! Outra pergunta que lhe peço permissão para formular: se um dos habitantes de “Nosso Lar”, porventura, viesse (ou vier) a cair nas águas do rio, que, segundo o autor espiritual, é de “grandes proporções”, caso não soubesse nadar, o que poderia suceder a ele?! Não se esqueçam de que nem Simão Pedro, sendo Apóstolo, conseguiu caminhar sobre as águas...

Em seguida, ouvindo Lísias, André ainda esclarece que “todo o volume do Rio Azul (...) é absorvido em caixas imensas de distribuição”, abastecendo a cidade. Qual a finalidade da água no Mundo Espiritual?! Outra pergunta que, talvez, eu devesse formular a parte, mas... vamos lá: você acha que toda cidade existente no Mundo Espiritual é como “Nosso Lar”?! Vamos ajudar um pouco. No capítulo 11 – “Notícias do Plano” –, Lísias elucida: “Todas as experiências de grupo diversificam–se entre si e ‘Nosso Lar’ constitui uma experiência coletiva dessa natureza.”

Ainda no capítulo 11, veja você que interessante a palavra de Lísias (aliás, você sabia que Lísias era o nome de um dos discípulos de Sócrates?!): “Já não estamos na esfera do globo, onde o desencarnado é promovido compulsoriamente a fantasma. Vivemos em círculo de demonstrações ativas.” O que significa “demonstrações ativas” além da morte do corpo carnal?! Trabalho árduo ou simulacro de trabalho?!...

Estudando o capítulo seguinte, o de número 12, intitulado “O Umbral”, ocorre-me tomar a liberdade de questioná-lo: Umbral será o mesmo que Trevas?! Umbral será, para o espírito que desencarna na Terra, uma passagem obrigatória, ou um tempo de permanência obrigatório, mais ou menos longo para uns e outros?! Você concorda que Umbral possa vir a ser um Planeta?! Existirá Umbral ao redor de toda a Terra?! Você já consultou no Dicionário o significado da palavra “umbral”?!...


Nossa! Tantas perguntas!... – Será que o próprio Dr. Inácio não seria capaz de responder a elas?! – você deve estar pensando. Respondê-las até que podemos tentar, mas, sinceramente, eu tenho percebido que muitos de vocês, internautas, ainda estão com medo de externar as próprias opiniões! O que temem?! A fogueira?! O esconjuro?!...

Só para terminar, o que Lísias quis dizer com a afirmação: “O Umbral começa na crosta terrestre”?! O que significa Umbral Grosso, Umbral Médio e Umbral Fino?! “Nosso Lar” seria uma cidade “umbralina”?! O Umbral tem sido muito “caluniado” pelos espíritas na Terra...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 13 de março de 2017.







segunda-feira, 6 de março de 2017

COMO VOCÊ INTERPRETA?! – IV

Continuando com a nossa proposta de reflexão, transcrevemos abaixo mais alguns textos da lavra de André Luiz, extraídos do livro “Nosso Lar”, solicitando, evidentemente, a sua interpretação para eles. (textos extraídos dos capítulos 3 a 8).

“Grandes árvores, pomares fartos e jardins deliciosos.”
- Você concorda que, em “Nosso Lar”, existe flora, com a presença de reprodução vegetal, na multiplicação das árvores, dos frutos e das flores?!

“A pequena distância, alteavam-se graciosos edifícios. Alinhavam-se a espaços regulares, exibindo formas diversas.”
- Você concorda que a cidade de “Nosso Lar” foi construída com o trabalho de engenheiros, arquitetos, pedreiros, etc, ou as construções a que André Luiz se refere não passam de criações temporárias da mente dos moradores da cidade?!

“Aves de plumagens policromas cruzavam os ares e, de quando em quando, pousavam agrupadas em torres muito alvas, a se erguerem retilíneas, lembrando lírios gigantescos, rumo ao céu.”
- Como conciliar tal informação com o que os Espíritos, em “O Livro dos Espíritos”, disseram a Kardec sobre a reencarnação quase imediata do princípio inteligente dos animais?! Você concorda que, no Mundo Espiritual, existem espécies animais que lhe são nativas?! Concorda também que tais animais, existentes no Mundo Espiritual, qual possa ocorrer com o Reino Vegetal, têm a capacidade de se reproduzirem, ou não?!

“- E onde está minha mãe? – exclamei, por fim. – Se me é permitido, quero vê-la, abraçá-la, ajoelhar-me a seus pés!
- Não vivem em ‘Nosso Lar’ – esclareceu Lísias –, habita esferas mais altas, onde trabalha não somente por você.”
- O que você entende por “habita esferas mais altas”, numa das quais a mãe de André Luiz vivia?! Numa outra cidade, ou, realmente, numa outra esfera, ou Dimensão?! Essa outra esfera, como a Esfera Terrestre, pode ser considerada um Planeta espiritual?!

“Impressionou-me o espetáculo das ruas. Vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranquilidade espiritual. Não havia, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, porque as vias públicas estavam repletas. Entidades numerosas iam e vinham.”
- Não lhe parece uma descrição familiar: ruas, vastas avenidas, vias públicas... As “numerosas entidades que iam e vinham” estariam volitando, ou caminhando?! Concorda que também pudessem estar se servindo de veículos em sua movimentação?! Essas “entidades” seriam pessoas, criaturas humanas desencarnadas, ou seres que nada têm em comum com a humanidade dos homens?!

- “... a nossa cidade espiritual é zona de transição.”
- Qual o motivo de ter sido empregado o termo “zona de transição”?! A cidade em que você mora na Terra é também uma “zona de transição”, ou você pretende ficar nela “para semente”?! Assim, o orbe terrestre, para o seu espírito, cidadão do Universo, pode, igualmente, ser considerado uma “zona de transição”?!

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 6 de março de 2017.