“Finitudizando” o Infinito
Escreveu Allan Kardec, o Codificador, que “o Espiritismo é a ciência do infinito”.
Sendo assim, natural que a Doutrina Espírita não conste, toda ela – a não ser pelos seus Princípios Básicos –, do Pentateuco.
Caso o Espiritismo não tivesse por característica o dinamismo da Revelação, permanecendo sempre o mesmo de quando concebido no século XIX, ter-se-ia nele a Verdade Integral, ou Definitiva, nos Postulados que o constituem.
O Espiritismo, que não evolvesse em seu Tríplice Aspecto, juntar-se-ia, então, às doutrinas que jazem estagnadas no tempo e no espaço.
Repetindo: se o Espiritismo se mantivesse o mesmo, ao longo de seus 168 anos, desde o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, embora, sem dúvida, tenha representado considerável avanço no campo do Pensamento, ele seria pouco para as aspirações do espírito.
O que, por exemplo, os que rotulam-se, na atualidade, de “Kardecistas puros”, desconsiderando a Revelação continuada na Obra Mediúnica de Chico Xavier, estão fazendo, para nos valermos, talvez, de um neologismo, é servir à causa dos que desejam “finutidizar” o infinito.
Sim, combatendo a Obra Mediúnica de Chico Xavier, que levou o Espiritismo do século XIX para o século XXI, desdobrando a Codificação, os que à ela se opõem, em outras palavras, estão dizendo que o Espiritismo “acabou” – que é somente o que os Espíritos disseram a Kardec e... ponto final.
Evidente, por outro lado, que a intenção dos que combatem a Obra Mediúnica de Chico Xavier, seja a de priorizar apenas o aspecto científico da Doutrina, e, talvez, o filosófico, desconsiderando, porém, o religioso.
No fundo, o combate à Obra que os Espíritos efetuaram através do Médium Chico Xavier, é combate a Jesus Cristo, porquanto, em maioria, as alegações dos que assim procedem é que trata-se de uma Obra mística, sem conexão com os avanços da Ciência contemporânea, o que demonstra, de sua parte, grande desconhecimento, ou, no mínimo, arrogância intelectual de quem se julga em patamar de natureza superior.
Já tivemos oportunidade de ouvir um “cientista”, professor de Física, dizer que a culpa do Espiritismo ter adquirido, no Brasil, esse caráter “evangélico” é de Chico Xavier...
Em Uberaba, antiga secretária da Prefeitura Municipal, já desencarnada – tanto a secretária quanto a Prefeitura –, católica fervorosa, afirmava que a culpa de haver tantos mendigos em nossas ruas era de Chico Xavier – a pobreza, em Uberaba, era culpa de Chico Xavier!...
Não é para sorrir?!...
Sorrio, embora a minha vontade fosse a de mandá-los às favas, quando vejo tantos “doutores da lei” no Espiritismo, empreendendo grande esforço para “finitudizá-lo” em Kardec, proclamando-se “kardecistas puros”, que, repetindo, não sabem que, à serviço das trevas, estão “passando a régua” dizendo que no Espiritismo não se tem mais nada do que já se teve com as “mesas girantes”...
Que pena!...
Bem houve o nosso poeta Formiga, que, na reunião de ontem, sábado, escreveu a trova:
“Sou um bagre na lagoa
Nadando em labor insano,
Que, de repente, se viu
Na vastidão do oceano.”
INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 2 de novembro de 2025.
Nunca tive dúvida de que a obra do Chico Xavier/diversos espíritos autores fosse uma continuação da obra de Kardec. No livro Evolução em Dois Mundos por exemplo tem ensinamentos que a nossa ciência só descobriu 60 anos depois.
ResponderExcluirDr Inacio..grande reflexão pelo comodismo que muitos estão vivendo..precisamos estudar mais retomar a vassoura também...parabéns parabéns parabéns..
ResponderExcluirBom dia, Amigos Espirituais visíveis e invisíveis! Amor, Luz e Paz! Deus, Jesus e os Bons Amigos Espirituais abençoem a todos nós, visíveis e invisíveis trabalhando nessa Ciência do Infinito! Um abraço fraternal! Cadichon Pirilampo (08:45 = 04:45)!!!
ResponderExcluirBom dia, Dr. INÁCIO / BACELLI, de.nossa parte aqui penso estamos longe mas muito longe de entender a grandeza do universo e tudo que o espiritismo/espiritos tem a nos oferecer ainda em materia de conhecimento e caridade, as vezes me sinto "agoniado" por não ter capacidades de ler os + de 500 livros deixados por Chico, dr. Inacio/Bacelli + de 250, Dr Odilon/Paulino/Bacelli + 30, sem contar tantos outros irmãos da espiritualidade e mediuns sérios quantos séculos vou demorar para ler, compreender, sentir então deve passar de milênio. Jesus a benção a todos.
ResponderExcluirPelo que aprendi na Doutrina Espírita, com Chico Xavier e com a dupla Inácio-Baccelli, no Pai tudo é infinito: sabedoria, inteligência,...e nós, nunca chegaremos lá. Más nos aproximamos tanto quanto queiramos e trabalhemos para tanto. Estou satisfeito com esta compreensão e bola pra frente. Vamos trabalhar, fazendo o bem com ânimo e prazer. Agradecimentos e abraços
ResponderExcluirJosé Ferreira
O que esse pessoal que combate o espiritismo fez de bom por ele. Esse pessoal escreveu mais de 400 livros, vão atender as pessoas carentes ate a madrugada, só trabalharão no amor pela humanidade, iluminarão quantas criaturas ate o momento ? Vi no Yotube outro dia uma pessoa dizendo que o espiritismo estava ultrapassado, fiquei indignado mas não respondi, pois não merece resposta. Muito facil criticar a doutrina espirita, Kardec, Jesus e Chico Xavier mas muito dificil para esse pessoal fazer o esses de cima fizerão praticamente a vida toda. O espiritismo seguira em frente com os homens ou sem os homens, pois a doutrina é de Deus e do universo e não dos homens aqui. Grato Dr Inacio e Bacelli - Um Bom dia dos Vivos nesse domingo a todos. Salve
ResponderExcluirGratidão Dr. Inácio 🌹 Gratidão Baccelli por tanto carinho para conosco ❤️
ResponderExcluirDr. Inácio sempre muito preciso nos comentários e em defesa da Doutrina. Os que não quiserem avançar, ficarão para trás. Esse ano comece a ler todos os livros do Dr. Inácio. Simplesmente, fantástico.... Agora estou lendo A Vida Viaja na Luz! Mais do que aceitar por aceitar, o Dr. Inácio e toda a sua turma lá de cima, nos ajuda a pensar! Muito não querem isso...e por isso preferem criticar! Continue escrevendo Dr. Inácio. Esteja certo que muitos o apoiam!
ResponderExcluirDr psiquiatra !! 🙇🏻
ResponderExcluirFoi com muita satisfação que abri o texto psicografado por Baccelli no dia de hoje .
Feliz , pelo nobre trabalhador assíduo na causa do movimento , abrir com maleabilidade a necessidade apontada por Kardec de que a “obra não é conclusa “.
O Dr , sugeri com lucidez que lhe é de praxe: “ … Repetindo: se o Espiritismo se mantivesse o mesmo, ao longo de seus 168 anos, desde o lançamento de “O Livro dos Espíritos”, embora, sem dúvida, tenha representado considerável avanço no campo do Pensamento, ele seria POUCO para as ASPIRAÇÕES do ESPÍRITO ...” ( grifei).
Antes mesmo que qualquer atualização na codificação - que a meu entendimento já está bem atrasado o intento - deva-se centrar compreensão na primeira publicação entregue por Kardec : O livro dos espíritos , no seu prefácio , logo nos primeiros parágrafos . Onde Kardec , após aplicar seu raciocínio lógico , diante das miúdas ralações com os menos densos , pode concluir, além é óbvio da frase que cravou a codificação “ … o mundo dos espíritos e nossas relações com eles …”; fica , a segunda , não menos importante : “ o que é o espiritismo e quem são considerados os espíritas “ .
A partir , desse bom entendimento , repito , creio eu , todo a resto se tornará mais “ leve “; tanto das obras complementares , como a sequência que Chico proporcionou , e até mesmo a questão desse “ terceiro pé “ que implantaram na codificação. A religião , preciso que se atente ao fato de que , a época das comunicações mediúnicas entre os dois mundos , praticamente todos os comunicantes , ainda estavam sob forte influência religiosa advinda do sacerdocal e catolicismo.
No entanto , se o entendimento do Dr em relação a suas colocações sobre o assunto referiu-se a minhas anteriores pitacadas ? , confirmo eu que , SIM, exatamente é o que eu penso , até me provem
O contrário , e deixo bem claro aqui que , em momento algum , e nem haverá de chegar , em que eu diga que estarei com a verdade absoluta ; esse espírito aqui , apenas tem a função de fazer “ polêmica “ , no sentido de que force para que outros venham a exercitar o raciocínio reflexivo , eu apenas dou o tom da excitação . Qual o propósito ? , simples , fazer valer as instruções do mestre : “ bata , e as portas se abrirão “, “ buscai e encontrareis “ . Ora!! Como bater ? Como buscar? , uai!!.. Refletindo com bases no raciocínio lógico né !!?
Então , reafirmo : Espiritismo não é religião , e com tripé, um deles será manco , já com 2 , agilidade permite até correr ; portanto : Espiritismo tem sua base apenas em : Ciência e Filosofia .
Se insistirem em manter religião , por lógica , já excluiu os não religiosos . E nesse sentido , é improvável o mundo dos espíritos seja exclusivo .
Religião tem sinônimo em doutrina , e doutrina é impositivo , e impositivo é contraria as instruções de Jesus , que o Pai lhe atribui trouxesse até nós .
Excluam religião do espiritismo , e vamos em busca de revelações por detrás das portas , com finalidade atualizarmos a codificação , e que seja ela inclusiva , porque o tempo urge!!
Uns tempos atrás algum segmento do catolicismo teve uma infeliz ideia de criar um adesivo e espalhar nos vidros dos veículos com a frase : “ Sou católico, graças a Deus !” ; durou pouco tempo , certamente houveram severas críticas e abortaram o intento , mas o estrago foi grande 😬.
Atualmente , parece que tem uma turma do espiritismo , rodeando o mesmo pensamento ; no íntimo , escrevem esses espíritas no semblante e nas condutas : “ Sou espírita , graças a Deus!” 🤦🏽♂️. Parece uma espécie de subjugação os católicos teem sobre os espíritas 😂😂.
Tudo farinha do mesmo saco até hoje !! 🤷🏻. Religião !! 😏
Já falei aqui e quadruplico: Jesus não se apresentou religioso , se apresentou amoroso por excelência; e amor não é religião , é filosofia de vida . Sem amor , você é morto !
Sobre o assunto da semana 👇
ResponderExcluirMudar de opinião é natural! - 02/11/25 ( por Ricardo Xavier- LinkedIn).
Normalmente interpreta-se o ato de mudar de opinião em muitas rodas de liderança e decisão, como fraqueza. Como se coerência fosse uma linha reta, e não um processo iterativo, onde cada nova evidência exige, ao menos, uma revisão honesta da hipótese anterior. Mas o dado mais simbólico dos últimos dias não veio de uma sala de aula, nem do mundo corporativo: veio do reino animal, literalmente.
Pesquisadores da Universidade de Utrecht, junto com colegas da Califórnia, mostraram que chimpanzés conseguem "mudar de opinião" quando são confrontados com dados contraditórios. Em testes laboratoriais, os animais recebiam uma pista para escolher uma das caixas com alimento. Após essa escolha inicial, uma nova pista era oferecida — mais forte, mais clara, mais assertiva. E eles mudavam. Simples assim. Porque fazia sentido. Porque agora o contexto era outro. Porque persistir no erro não trazia vantagem nenhuma pois ficava claro que era tolice.
Fique constrangido ao ver isso: se um chimpanzé revê sua crença diante de evidência nova, por que executivos, diretores e especialistas seguem presos ao discurso da coerência cega? A resposta talvez more naquilo que é mais característico da nossa condição humana: a “ merda “ do ego. No medo de parecer inconsistente e no apego ao protagonismo que uma opinião pública mal resolvida impõe, nós preferimos parecer firmes do que estarmos certos.
O mundo que habitamos, e os negócios que tentamos liderar, não premiam rigidez. Premiam lucidez adaptativa. Um bom gestor, um bom cientista, um bom professor ou um bom líder, não é o que tem a resposta certa desde o começo. É o que está pronto para reavaliar quando a pergunta muda, quando o cenário se altera, quando o fato desmente o palpite. E aqui está o ponto mais incômodo: mudar de opinião exige mais do que inteligência, exige muita coragem. Coragem pra desapontar o próprio passado, coragem pra enfrentar quem aplaudiu a versão anterior, coragem pra seguir adiante mesmo que isso custe capital simbólico. Porque sim, mudar cobra um preço, mas não mudar cobra a conta o valor cheio.
Em tempos em que o erro é cancelável e a hesitação é ridicularizada, é compreensível o pavor de ajustar nossa rota. Mas também pode ser letal...(…)
O chimpanzé, ao mudar, não pede desculpas, não faz discurso. Apenas age com base no novo...
...sem apego, sem vaidade. E talvez esteja aí a maior lição da semana: ser racional não é resistir — é reavaliar.
Na próxima vez que uma nova evidência bater à sua porta, pergunte: isso desmonta minha visão... ou a aprimora?
Porque às vezes, o maior erro é insistir em acertar.